Chegar ao topo do mundo é um sonho de muitos. É por isso que o monte Everest é escalado todos os anos por centenas de alpinistas, e poucos destes realmente decidem chegar ao cume. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que para cada 10 pessoas que chegam ao topo do Everest, uma nunca mais volta. O cemitério a céu aberto do monte Everest, num local chamado de “zona da morte”, coleciona mais de 220 corpos, ainda parcialmente preservados pelo ar frio e seco.
A “zona da morte” nada mais é do que qualquer lugar que fique acima dos 8.000 metros de altura, limite que torna impossível a adaptação do ser humano ao meio, por conta do frio descomunal e do ar extremamente seco e rarefeito. Ninguém sobrevive na zona da morte por muito tempo. Por isso há um tempo máximo de descanso no topo do Everest, pois há casos de pessoas que simplesmente lá ficaram e não conseguiram mais descer, por conta do esforço descomunal exigido pela altitude tão extrema.
Mas não é só isso que torna a zona da morte tão perigosa. Alpinistas também sofrem de um efeito alucinógeno, chamado de “febre do cume”, desencadeado pelo ar tão rarefeito. Há registros de pessoas que literalmente achavam que suas cabanas eram do tamanho de catedrais, e de outras que começaram a perder a sanidade por conta das condições tão difíceis a elas impostas. Muitas destas pessoas, intimidadas pela grandeza e implacabilidade do Everest, continuam lá, sem vida, e só descem quando o vento as carrega de volta.
Alpinistas mumificados pelo frio há anos decoram a trilha até o topo do mundo e, infelizmente, nenhum deles poderá ser levado de volta para que sejam devidamente sepultados; missões de busca e salvamento ou resgate de corpos no Everest são missões suicidas. Todos os esforços do tipo que ocorreram foram malsucedidos, e acarretaram em mais mortes. Na zona da morte, quando alguém fica para trás, fica de vez.
O vídeo a seguir mostra fotos de vítimas da zona da morte:
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