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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
A maldição do diamante Hope
Encontra-se em Washington-DC, no Smithsonian Institute, o diamante Hope, uma jóia de valor incalculável. Os seus reflexos azuis cintilam em um núcleo frio como gelo. Parece inofensivo, no entanto, a beleza impassível desta gema fria e brilhante, com inúmeros antecedentes de sangue e paixão, já foram atribuídas mais de 20 mortes.
Durante 3 séculos, reis e pobres, ladrões e cortesãos, contemplaram a sua opulência - e enlouqueceram. Segundo a lenda, a primeira das suas vítimas foi um sacerdote hindu que sucumbiu ao seu sortilégio há 500 anos, pouco depois da gema ter sido extraída de uma mina no rio Kistna, no sudoeste da Índia. O sacerdote roubou-a da testa de um ídolo num templo indiano, mas foi apanhado e torturado até a morte.
O diamante apareceu na Europa em 1642, nas mãos de um contrabandista francês de nome Jean Baptiste Tafernier, que com a sua venda obteve dinheiro suficiente para adquirir um título e uma propriedade. O seu filho, entretanto, endividou-se tanto no jogo que o negociante foi obrigado a vender tudo o que conseguira. Arruinado, Tafernier regressou a Índia para refazer a fortuna, onde encontrou uma morte trágica - foi despedaçado por uma matilha de cães selvagens.
A gema reapareceu na posse do rei francês Luís XIV, que a mandou lapidar, o que transformou os seus 112,5 quilates originais em 67,5 quilates. Nicolas Fouquet, um membro do governo que a pediu emprestada para um baile da corte, foi condenado a prisão perpétua em 1665 por desvio de fundos do Estado.
O próprio Luís XIV, o Rei-Sol, morreu arruinado e detestado, enquanto uma série de catástrofes militares destroçava o seu brilhante império. Ignorando a maldição que pesava sobre a jóia, mais 3 membros da família real que a usaram ou possuíram viriam a morrer em condições trágicas.
A princesa de Lamballe, qua a usava regularmente, foi espancadas até a morte pela multidão. O rei Luís XVI e sua mulher, a rainha Maria Antonieta, que a herdaram, morreram na guilhotina. Depois, em 1792, em pleno tumulto da Revolução Francesa, o diamante desapareceu de novo, durante quase 40 anos - intervalo que permitiu a proliferação das lendas sobre a jóia.
Conta-se que um joalheiro francês, Jaques Celot, obcecado pela sua beleza, enlouqueceu e suicidou-se. Um príncipe russo, Ivan Kanitovski, ofereceu-o a sua amante parisiense - que depois matou a amada à tiro, sendo ele próprio mais tarde assassinado. Há mesmo quem assegure que a imperatriz Catarina, a Grande, da Rússia, usou a pedra antes de ser atingida por uma apoplexia que a vitimou.
O diamante foi redescoberto depois de um lapidador de diamantes holandês o ter reduzido ao seu peso actual de 44,5 quilates. O filho do lapidador, porém, roubou-lhe a jóia, e este suicidou-se.
A jóia percorreu a Europa, deixando atrás de si um rastro de sangue, até chegar as mãos de Henry Thomas Hope, banqueiro irlandês possuidor de uma grande fortuna, que a comprou por 30.000 libras apenas e lhe deu o seu nome atual. O seu neto acabou, mais tarde, por morrer na miséria.
Em 1908 o sultão turco Abdul Hamid comprou o diamante por 400.000 dólares e ofereceu-o a sua mulher, Subaya, e depois apunhalou-a. No ano seguinte perdeu o trono. Em 1911 a jóia fatídica, já na America, foi adquirida pelo magnata do mundo dos negócios Ned McLean pela quantia de 154.000 dólares. Nos 40 anos seguintes, o seu filho Vincent foi atropelado por um automóvel; McLean ficou financeiramente arruinado e morreu num manicômio onde fora internado; a sua filha faleceu em 1946, intoxicada por barbitúricos; e sua mulher, Evelyn, tornou-se viciada em morfina e faleceu.
Somente o joalheiro americano Harry Winston, que adquiriu a pedra azul dos herdeiros da família McLean, escapou de um destino fatídico e trágico. Ofereceu a gema ao Smithsonian Institute.
Fonte e para mais informações: Quem conta o que
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