terça-feira, 15 de outubro de 2013

As múmias de Tarim Bazim

Qualquer pessoa com tempo e dinheiro pode se aventurar em locais remotos ao redor do mundo, e você pode se surpreender ao saber que ainda há lugares na Terra tão inacessível que só aparecem em mapas. A Bacia de Tarim, no deserto de Taklamakan (China), é um desses lugares.

125.000 milhas de quadrado de deserto arenoso. O deserto de Taklamakan está localizado na região de Xinjiang Ugyur, a área da China que faz fronteira com o Cazaquistão, o Quirguistão e o Paquistão. Isso significa que a maioria dos habitantes da região de Xinjiang são muçulmanos, cuja cultura tem mais em comum com Istambul do que com Pequim.

A antiga Rota da Seda desde Xian atravessa a região, e a única forma relativamente segura que tinha os viajantes e comerciantes para fazer negócios lá, era contornando o deserto em vez de entrar nele. Inclusive, atualmente, ainda pode-se encontrar restos de animais, pessoas e veículos que não sobreviveram durante a viagem de um oásis para outro. Na verdade, o nome Taklamakan significa linguagem Ugyur, "se você for, você não vai sair."

Há cidades inteiras enterradas sob as areias do Taklamakan. Como esperado, este deserto atraiu muitos aventureiros no final dos séculos XIX e XX. Alguns destes homens, como o explorador sueco Sven Hedin (1865-1952), foi motivado pelo fato de a zona nunca ter sido mapeada. Hedin fez duas expedições, sendo que na primeira, chegou próximo de morrer por subestimar as dificuldades de cruzar o Taklamakan. Os mapas desenhados à mão durante suas expedições são muito bonitos e sua precisão foi confirmada por imagens de satélite.



Outros exploradores estavam em busca de tesouros arqueológicos. Russos, alemães e franceses também fizeram expedições pela área, e como resultado, os tesouros da Rota da Seda estão espalhados em museus de todo o mundo. Já nos últimos tempos, muitos locais foram saqueados por caçadores de tesouros locais. O governo chinês tem sido extremamente lento e incompetente quando se trata de preservar esses locais.

No entanto, os achados mais espetaculares foram os restos mortais de pessoas brancas, que tinham permanecido intactos na areia por um longo tempo, e são mil anos mais velhas do que as múmias mais antigas do Egito. Estas múmias também são melhor preservadas do que os egípcios porque a areia de Taklamakan é salina, e consequentemente, ajuda a ressecar mais rapidamente os corpos, paralisando quase que completamente a decomposição


Uma das mais famosas múmias da bacia de Tarim é o corpo de uma jovem conhecida como "Beauty of Loulan". Vestida com um chapéu de feltro e vestido colorido, com o rosto de maçãs salientes é claramente caucasiana. Seu rosto está tão bem preservado que você pode ver seus longos cílios. Ela foi enterrada ao lado de uma cesta de grãos.



A mais famosa múmia masculina é a de um homem barbudo de olhos azuis, apelidado de "Ur-David" pelo arqueólogo Victor Mayer, da Universidade da Pensilvânia. Sua pele e tecidos moles estão praticamente intactos, e as tatuagens no rosto e roupas são visíveis. Esta múmia, juntamente com os outros, está no museu em Urumqi. Infelizmente, o museu não tem controles de temperatura e umidade, e por isso, as múmias estão começando a se deteriorar.


A província de Xinjiang, Ugyur é uma área politicamente sensível, e as autoridades chinesas não querem que ela se torne um ponto de encontro para os turistas chineses. A China também desconfia de arqueólogos estrangeiros, devido à exploração sofrida em outro momento pelo Ocidente.

Mas a questão é: quem são as misteriosas múmias da bacia de Tarim? Como pessoas caucasianas acabaram indo morar lá? Este é o mistério que os arqueólogos estão tentando resolver agora, mas não tem acesso a todas as provas só podem realizar seus estudos com base em imagens.

Um comentário:

  1. O povo Curdo é formado por tribos de brancos e mongóis. O nascimento de loiros e ruivos é relevante, bem maior que no ocidente.
    Curdos são aborígenes autóctones da Eurásia.

    Eles alegam descender do cla Hurrita da confederação Média (Medo).

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