sábado, 31 de dezembro de 2016

Creepypasta - Room Zero

Esta creepypasta é a continuação de Abandonado pela Disney.


Já faz um tempo que eu não falo nada relacionado a Corporação Disney e tenho certeza que você sabe o porquê.

Muita coisa vem acontecendo desde minha última postagem. Recebi um monte de perguntas e preocupações de pessoas que leram meu relato em primeira mão do Palácio de Mowgli, um resort que foi construído e abandonado pela Disney.

Eu quero agradecer a todos que compartilharam minha história pela internet. Infelizmente ele foi excluído de alguns lugares, principalmente sites corporativos de grande influência que foram facilmente intimidados por um poder maior. No entanto, para cada tópico apagado ou postagem de blog excluída, mais uns cem surgiram.

Isso é algo que eles não conseguirão enfrentar. Não há mais volta para eles e nem pra mim.

Eu definitivamente estou sendo perseguido. Fiquei um mês ou dois isolado, paranoico. Qualquer olhar casual ou um pequeno sorriso em minha direção me causava desespero e até arrepio na parte de trás do pescoço.

O primeiro, ou melhor, o primeiro que eu percebi estar me perseguindo, foi um falso consertador de telefones que ficava em volta de meu apartamento.

Ele tinha meia-idade, grisalho, vestido exatamente como qualquer um esperaria. Eu não poderia acusa-lo, mas eu sabia que isso não era apenas minha imaginação agindo. Ele era estranho, não parecia confortável fazendo seu trabalho de rotina.

Um dia eu tentei segui-lo, mas rapidamente o perdi ele de vista. Quando voltei pra casa, lá estava ele. Me olhando diretamente no olhos, cerca de dez metros atrás de mim. Inexpressivo e frio.

- Explorando de novo? - perguntou ele. Isso foi tudo o que disse e havia um tom acusador em sua voz.

Diga-me se especialistas em conserto de telefones diriam algo assim?

Eu acho que é a pior parte. Foi nunca me sentir seguro. Nunca me sentir sozinho. Sempre encontrava pela casa algum material de merchan da Disney que eu nunca tinha visto antes. Borracha escolar no formato do Mickey, uma revista da Disney Adventures na minha estante.

Eles esconderam pequenos Mickeys em todos os lugares. Três círculos, um grande e duas pequenas, formando a silhueta da cabeça do famoso rato.

Eu comecei a reparar em todos os Mickeys que eu encontrei.


Marca de copos de café em minha mesa, Uma grande duas pequenas. Garrafas de vidro colorida deixado na porta, visto de cima para baixo. Grafite em muros a caminho do meu trabalho mostravam uma enorme Terra, com um pequeno sol e lua nos locais e tamanhos apropriados formando novamente outra silhueta do Mickey.

Eles estão por toda parte.

As pessoas têm me relatado isso também. Se você compartilhar tudo o que eu tenho a dizer, você vai começar a encontrar esses contornos filhos da puta. Eu garanto.

Uma vez, de longe, algo me fez rir por causa do horror de todo esse transtorno. Havia um desenho de giz ao lado do meu carro. Fiquei surpreso no início, andando pelo estacionamento, mantendo-me atento para as pessoas me seguindo.

O desenho no chão parecia um... bem, uma "vítima de assassinato", você provavelmente está familiarizado com esse desenho em filmes.

Ao lado do desenho, escrito em amarelo, feito á mão... havia uma única palavra.

"VOCÊ"

A única coisa boa em tudo isso, é que não sou o único que viu algo que não devia.

Não vou dar nomes, porque... bem, se eu disser porquê, você não prestaria atenção.

“Auditores” vão para o parque da Disney sempre que podem, durante o ano. Eles não vão para se divertir ou desfrutar do passeio, etc.

Eles observam muito as máscaras de gás infantis nas pessoas.

Parece ser uma tradição, aparentemente pessoas em todo o parque usavam. Homens e mulheres, adultos, crianças e adolescentes.

Todos com máscaras de gás de personagens da Disney.

Os auditores voltavam e a Disney iria receber toneladas de reclamações sobre pessoas "estranhamente vestidas" andando ao redor do parque. Pessoas que, então se fundem em multidões e desaparecem.

Mais tarde, as máscaras de gás fizeram as pessoas tirarem outras conclusões e os relatos de "possíveis terroristas" começou a fluir.

Todos esses relatórios provavelmente foram direto para a lata de lixo. Eu sei porque eu não consigo encontrar nenhum sinal de qualquer uma dessas ocasiões relatadas pela mídia. (Embora você deve estar ciente do fato de que a Disney pode muito bem controlar a mídia como ninguém.)

Esses auditores e fiscais vão aos parques, falam com algumas pessoas e tentam não chamar atenção. Eles perguntam para três ou quatro famílias se ele viram alguém usando uma “máscara engraçada”

Eles, na verdade, querem uma máscara de gás pra usar como prova... embora em uma ocasião, uma criança apontou-o para entrada do parque. Um deles correu no meio da multidão, apenas para ouvir uma voz à frente gritar "Mamãe, eu quero uma máscara do Pateta também!"

Um colega que vou chamar de "salva-vidas" trabalhou em um parque aquático da Disney de 2001 a 2003. Ele ficava no topo de um enorme tobogã de água e fazia com que nenhuma das crianças ficasse muito agitada. Colocando as crianças no tubo do tobogã para escorregar, uma de cada vez, dizendo a elas que o mais seguro é manter os braços colado ao corpo quando estiver escorregando.

Um dia, ele disse que um garoto gordiho entrou no tubo mas não saiu do outro lado.

E sem perceber isso, enviou mais duas ou três crianças para escorregarem. Você deve estar imaginando que o gordinho ficou entalado no tubo, e já que ele tampou a saída, as outras crianças também ficaram presas. Não foi assim. Somente o gordinho desapareceu. Todo mundo saiu do outro lado, vibrando e espirrando água como se nada estivesse errado.

O salva vidas fechou o brinquedo por um instante, muito preocupado com o desaparecimento da criança dentro do tubo. Ele entrou e escorregou pelo brinquedo, e o menino não estava lá dentro. Antes que ele pudesse chamar as autoridades para informar o desaparecimento... SPLASH ... o gorducho finalmente saiu.

Os membros da equipe puxaram o garoto para fora da água. Ele afundou como uma pedra quando caiu na piscina, sua pele estava azul e os olhos arregalados. Tudo o que ele dizia era "Crianças sem rosto" e "pare de apertar".

O garoto estava bem fisicamente, caso você esteja se perguntando. Ele foi levado imediatamente ao centro médico. Quando o salva vidas pediu para abrir o tobogã pra saber o que aconteceu lá dentro, ele foi ameaçado de demissão e relutantemente abriu o brinquedo novamente e voltou para seu trabalho de rotina.

Daquele momento em diante, ele ficou mais atento sobre as crianças. De vez enquanto eles saiam da fila, mas nunca algo tão sério como o caso do garoto gordo, mas sempre com um olhar de preocupação, com o tempo tudo parecia ter sido algum sonho durante seu horário de almoço, mas ele só queria descobrir o que acontecera.

Eu li outros e-mails com relatos estranhos como esse. Eu queria que eles compartilhassem sua própria história, mas eles não queriam se expor dessa maneira. Eu não posso culpa-los.

"Branca de Neve", que não era o verdadeiro papel dela no parque, era outro "personagem" do parque. Ela me contou uma boa historinha.Você sabe o que acontece quando um funcionário fantasiado cai morto dentro de sua fantasia?

Imagina como é em um segundo tirar uma foto com o pequeno Jimmy, e no próximo segundo, sofre um acidente vascular cerebral fatal?

Um segundo o mascote fantasiado na área tem que ficar sentado ao lado do cadáver fantasiado até que outra pessoa possa assumir o posto, fazer uma “lavagem a seco” e se livrar do corpo de forma mais discreta possível. Durante todo o tempo, os clientes não têm ideia de que estão se sentado com um cadáver para tirar fotos.

Sinta-se livre para verificar os seus álbuns de fotos neste momento.

Isso foi ruim, mas um outro companheiro, que vou chamar de “Zelador” enlouqueceu completamente.

A Disney World (e provavelmente outras corporações), construíram uma série de túneis subterrâneos bem embaixo de seus pés. Vale a pena relatar três histórias. Tudo e qualquer coisa que você pode imaginar está lá embaixo, para uso dos funcionários.

Eles são chamados de Utilizadores. Corredores de utilidade.

Basicamente, essa é a razão pela qual você não vê personagens fora do lugar ou zeladores vagando pelo parque. Eles entram e saem através portas escondidas e viajam pela cidade em túneis subterrâneos.

O Zelador me disse algo que poderia ser do conhecimento comum, mas mesmo assim foi novidade para mim.

Walt Disney tinha vários apartamentos construídos em seus parques. Há um acima do Castelo da Cinderela... há um em Piratas do Caribe. Eles estão em todos os lugares.

Mais do que isso, há boates, um cinema, uma pista de boliche, e muito mais. Tudo por trás de portas embutido nas fachadas caprichosas que você passa sem notar.

O Club 22 é uma dessas áreas escondidas. Se você tiver o dinheiro para se juntar ao clube exclusivo (você não tem), então você vai ter acesso a ele e muito mais.

O Club 22 é um lugar onde vale tudo. A Corporação Disney chama esses lugares "Zonas Escuras". São pontos onde os personagens se trocam e dão lugar a bebidas, drogas e sim, sexo.

Também tem as “Zonas Brancas” com poucos corredores de utilidade e as “Zonas Cinzas” entre eles.

O zelador disse também, que nem sempre foi assim. Foi mais de um declínio lento e o abrandamento gradual das normas sociais dentro desse grupo de elite.

A razão pela qual ele sabe de tudo isso? Você já deve estar se perguntando... ele fazia a limpeza.

Depois de uma verificação de longos antecedentes e vários termos de confidencialidade, o zelador subiu de um atendente de parque para um membro da equipe de limpeza da zona escura.

Agora, antes de você imaginar alguma visão satânica de "sacrifício humano" na sua cabeça, o zelador não viu nada do tipo. Muitas garrafas vazias de álcool? Sim. Preservativos usados espalhados como balões murchos de ano novo? Oh sim. Ele limpou muita gota de sangue, urina e vômito, a única coisa que ele pensava era a quantidade de jovens baderneiros que usava esses corredores.

Pelo menos é assim que ele via em retrospecto.

Todo esse lixo, merdas profanas, eram depositadas em um forno e se misturavam com a fumaça da chaminé de uma típica casa.

Se você já foi para a Disney World, você respirou pecado ultra condensado.

Reforçando essa informação tem outro cara que vou chamar de "Hammer". Hammer me enviou uma carta à moda antiga, mas eu não sei como ele conseguiu o endereço da minha casa. Ele me mandou fotocópias de documentos provando seu emprego, e me instruiu a queimar quando estivesse convencido.

O que eu fiz de bom grado.

Hammer trabalhou ao redor do parque Disney World, fazendo a demolição e construção de novos prédios. Em um ponto, ele conversou com seu superior sobre alguns planos de construção estranhos. Era uma ampla área retangular marcada nos projetos, do tamanho de um supermercado. Na área foi deixado somente as palavras "NÃO CAVE".

Seu superior simplesmente não queria falar sobre isso, não queria saber sobre isso e terminou a conversa com "este espaço foi intencionalmente deixado em branco".

Hammer não entendeu. A área parecia um desperdício de espaço e entrou diretamente em conflito com o trabalho que sua equipe tinha designada. Ele começou a escavar ao redor da área em suas folgas, encontrando apenas uma porta de aço abandonada e uma grande extensão de concreto logo depois.

Era um tipo de supermercado branco, de piso cinzento e sem telhado.

Logo depois, Hammer viu algumas pessoas com as máscaras de gás.

Ao contrário de todos os outros relatos anteriores, as pessoas... ou melhor, as coisas, estavam bem à vista do cara. No meu caso, eles se aglomeravam ao longe, ou simplesmente estavam pressionados contra a parede quando eu virava a esquina.

Ele disse "rala peito seus esquisitos", como se fossem fracos ou estivessem lesionados... como um cervo que foi apanhado e não pode mais fugir.

Os "gasmaskers" tinham os rostos dos personagens da Disney com filtros preso... Ele observou que, por dentro, as máscaras pareciam estar molhadas pela condensação, como uma janela de carro. Pequenas gotas de água brilhava por trás do vidro, tornando-se impossível de qualquer um enxergar através deles.

Mais tarde, Hammer começou a fazer perguntas à qualquer um e à todos aqueles que já trabalharam no parque por uma década ou mais.

Ele não conseguia respostas, até que foi encaminhado para Aida, uma mulher idosa que trabalhava em um restaurante na rua principal. Ela tinha estado lá desde muito tempo, e embora ninguém tivesse a coragem de perguntar diretamente, toda a gente sabia ela tinha muitas histórias terríveis para contar.

Hammer perguntou sobre o espaço vazio e em seguida, sobre os clientes mascarados. No começo ele pensou que iria receber um “não sei” como resposta. Ela estava quieta. Estranhamente quieta.

"Room Zero" Ela resmungou, em seguida colocou a mão em sua boca como se tivesse falado algo que não deveria ter dito.

Ela não olhou para o homem durante toda a conversa.

Room Zero (ou Quarto Zero), era outro quarto escondido, como os apartamentos e o clube 22. Entretanto, seu tamanho e sua profunda localização vão muito além de qualquer uma das zonas escuras de "diversão".

Era um abrigo contra bombardeio aéreo.

Room Zero foi construído para resistir a um ataque maciço, seja ele conduzido por inimigos estrangeiros ou nacionais.

A Room Zero deveria ser abastecido com alimentos suficientes para abrigar a qualquer momento, um número médio de todos os chefes do parque, e possuía outro aposento, ainda menor e bem mais luxuoso, conhecido como "quarto do pânico" para os superiores da Disney.

Durante a segunda guerra mundial, máscaras de gás oficiais da Disney realmente foram produzidas para as crianças em caso de ataque. A ideia era que seria menos assustador para as crianças se o rosto de Mickey estivesse estampado sobre o dispositivo de segurança em tempo de guerra.

Sim, eu sei os problemas óbvios com isso.

Durante o susto da guerra fria dos anos 60, quando a Disney World foi construída, a Room Zero foi abastecida com máscaras semelhantes à estas. Se eles não se preocupassem com os medos das crianças, ou apenas fossem insensíveis, talvez não aconteceria o que aconteceu lá embaixo.

Além do mais, algum gênio acreditou que as crianças não ficariam tão assustadas com as máscaras de gás do Mickey se seus pais as usassem... e assim todas as máscaras, adultos e criança, foram feitas para cumprir com esta norma louca.

Aida descreveu como "Tratar uma ferida com suco de limão."

Nada disso explica o que Hammer tinha visto. Não só as aparências aparentemente sobrenaturais, mas o tal Room Zero em si.

- Eu estive lá – explicou ele – Só há um piso de cimento e quatro paredes na Room zero.

- Não - Aida abanou a cabeça e cobriu sua boca, abafando um soluço – Você esteve em cima da Room Zero, aquilo foi planejado perfeitamente, quando alguém descobrisse que há um subsolo, iria vasculhar e encontrar aquele espaço vazio e nem imaginaria que existe outro saguão bem abaixo desse.

Alguém ou algo soou o alarme, um dia em que a capacidade do parque estava no máximo. O aviso foi claro. Era um suposto ataque aéreo.

Os seguranças levaram todos para a Room Zero. Lá, eles foram ordenados que colocassem suas máscaras e se acocorassem durante o bombardeio.

Tudo estava calmo nos primeiros trinta minutos, exceto as crianças que choravam e sussurravam assustadas. Ninguém queria morrer, então os pais eram gratos de alguma forma por esta estranha medida de segurança.

Então, alguém deu o primeiro grito.

- Ei! - um homem gritou - Pare de me beliscar!

Uma onda de gritos e começou a se alastrar na multidão, de uma parede à outra.

- Quem está correndo? Acalma-se! - Alguém gritou.

- Quem está rindo? Isso não tem graça!

- Ow! Quem pisou no meu pé?!

Apesar dos pedidos de calma dos guardas, a multidão ficou mais agitada até que, finalmente, depois de quase uma hora de loucura...

As luzes se apagaram

Todos Morreram.

O que veio em seguida só pode ser descrito como caos. No escuro, só os gemidos dos jovens e os gritos angustiados dos adultos podiam ser ouvidos num barulho enorme e inchado que ensanguentava as orelhas de todos dentro daquela câmara de eco negra.

Um grupo de membros da equipe e um poucos patrões conseguiram atravessar a porta, prontos para enfrentar a guerra que ocorria acima de suas cabeças, ao invés de descer na insanidade. O que eles encontraram, claro, foi um parque temático vazio, ainda intocado, não havia ataque nenhum. A música continuava a tocar, ecoando pela cidades de contos de fadas em silêncio.

Ao retornar à Room Zero, os poucos que ficaram no topo da escada de aço e chumbo na escuridão se levantaram não ouvido nenhum sinal da batalha anterior. Havia apenas silêncio.

Aida desceu as escada, apesar da mendicância daqueles que deixou acima.

Ela alcançou as portas reforçadas, agora inundadas de escuridão e ouvindo apenas um zumbido nos ouvidos.

Uma única voz saiu da escuridão. O eco tornou impossível dizer se a voz veio da parte de trás do abrigo ou se foi bem na frente de seu rosto.

-Feche a porta, querida. Você está deixando mais frio aqui dentro.


Dominada pelo terror, ela fez exatamente isso. Dentro de dias, a coisa toda... abrigo, escadaria, tudo... já estava coberto com toneladas de cimento. Os sistemas de ar e geradores de seu teto foram removidos, criando o grande espaço vazio.

- Eles ainda estão lá em baixo - Aida disse para Hammer - lá com quem quer que seja, e de alguma forma não estão mortos.

Você pode notar que o único nome verdadeiro que usei foi o da Aida.

Infelizmente, ela faleceu logo após contar sua história. Queda acidental, supostamente, depois de sair da cama para acender a luz.

“Uma funcionária devotada ao seu emprego” o jornal local publicou, devido as várias silhuetas do Mickey que foram encontradas em sua casa, silhuetas que não estavam quando eu fui até lá e silhuetas que estão começando a aparecer no meu apartamento.


Traduzido de: Creepypasta Wiki

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