quinta-feira, 29 de maio de 2014

O massacre do Natal Sangrento

Charles Lawson, um simples fazendeiro, foi responsável por um dos mais terríveis familicídios que já se teve notícia: com uma espingarda, ele matou toda a família - mulher e 6 filhos - dia 25 de dezembro de 1929, dia de natal.
Charles Lawson (nascido no dia 10 de maio de 1886), foi um fazendeiro e pequeno produtor de tabaco da cidade americana de Stokes County na Carolina do Norte.

Nascido em uma família simples, em uma comunidade conhecida como Lawsonville, em 1911, Charlie casou-se com Fannie Manring, com quem teve 8 filhos. O terceiro filho, William, morrera de uma doença em 1920.

Em 1927, depois de trabalhar como meeiro, conseguiu juntar algumas economias e comprou sua própria fazenda aos arredores de Brook Cove Road, onde começou uma pequena plantação de tabaco.

A família viveu bem por dois anos, até que aquele fatídico 25 de dezembro chegou. Charles Lawson levou
A casa que se tornou palco dos terríveis assassinatos.
toda a sua família - a esposa Fannie, com 35 anos e seus filhos: Arthur, 19; Marie, 17; Carrie, 12; Maybell, 7; James, 4; Raymond, 2  e Mary Lou, de apenas 4 meses - até a cidade para comprar roupas novas, além de tirar uma foto de toda a família (Lembre-se que naquela época, as fotos eram caras, e os Lawson estavam longe de serem ricos. Este fato pode indicar premeditação ao crime). As roupas novas, compradas naquela tarde, acabaram por se tornar as roupas fúnebres da família.

A matança começou pelas filhas Carrie e Maybell. Ambas estavam indo à casa de seu tio, quando Charlie as surpreendeu no celeiro da fazenda. O pai das crianças atirou com uma espingarda em ambas, e para garantir que estavam mortas, golpeou suas cabeças com a base da arma. Seus corpos foram deixados no celeiro, e Charles prosseguiu em direção a sua casa.

Sua esposa Fannie foi a próxima a morrer. Ela estava na varanda quando o marido disparou contra a mulher. Ao ouvir o som do disparo, Marie gritou e seus dois irmãos pequenos, James e Raymond, tentaram se esconder. Charles entrou dentro da casa, atirou contra Marie, e em seguida, encontrou e matou os dois meninos. Por último, Charles dirigiu-se ao quarto do bebê, Mary Lou, e a espancou até a morte.

O único sobrevivente foi o filho mais velho, Arthur de 19 anos, que não estava em casa no momento da chacina. Temendo que o filho pudesse arruinar seus planos, Charles mandou que ele fosse a pé junto com o tio Marion até a cidade, para comprar cartuchos de espingarda.

Depois do massacre, Charles Lawson dirigiu-se a uma floresta próxima a fazenda, e atirou em si mesmo.

Os corpos da família foram encontrados todos com os braços cruzados, e com rochas abaixo de suas cabeças, como que para poiá-las. O disparo que Charles Lawson desfechou sobre si mesmo pode ser ouvido pelas pessoas reunidas na fazenda, que já tinham descoberto sobre o horrível evento ocorrido na propriedade.

Um policial que estava acompanhando Arthur Lawson, descobriu no meio da floresta, o corpo de Charlie, junto com algumas cartas de seus pais. Uma série de pegadas foram encontradas, o que sugeria que Charles Lawson havia "passeado" pela floresta antes de tirar a própria vida.

Rumores

Alguns dizem que a morte fora encenada para parecer que o pai teria matado os filhos e a esposa. Uma dessas explicações diz que Charles teria testemunhado um incidente do crime organizado, e que ele e sua família foram mortos como "queima de arquivo". Outra teoria envolve um homem negro com a qual Charlie começara uma briga. Nenhuma dessas histórias parecia plausível para as autoridades responsáveis pela investigação, já que todas as provas apontavam para um homicídio seguido de suicídio.


Motivo

Não se sabe o por quê Charles Lawson teria cometido tais atrocidades, já que o único que poderia responder tal questão - o próprio Charles - se matara logo após os assassinatos, mas existem algumas teorias a respeito das mortes.

Acidente - Existem histórias de que Charles teria sofrido uma forte batida na cabeça, como consequência de acidente quando era jovem. Muitas pessoas atribuem a culpa do massacre da família ao acidente, alegando que por causa da batida, Charles teria sofrido algum tipo de traumatismo, que mais tarde o levou a matar a esposa e os filhos.

Incesto - Esta teoria só veio a tona quando os autores do livro White Christmas, Bloody Christmas (Natal Branco, Natal Sangrento em tradução livre), M. Bruce Jones e Trudy J. Smith, ouviram vários relatos sobre o suposto incesto entre Charles e a filha Marie. Além dos relatos, o casal recebera um telefonema anônimo de uma senhora, que alegara ter participado de uma excursão a casa dos Lawson, pouco antes das mortes, e que o guia falara que o incesto entre pai e filha era um fato real. Um dia antes do livro ser publicado, os autores receberam o telefonema de Stella Lawson, filha de Marion Lawson (irmão de Charlie). Na ocasião, Stella disse que sabia qual fora o estopim para a tragédia. Ela afirma que no funeral  dos Lawson, ela teria ouvido uma conversa entre as cunhadas e tias de Fannie, que discutiam sobre Fannie estar ciente sobre Charles e Marie. 

Outra prova, talvez a mais concreta sobre esta teoria, veio a conhecimento por parte de uma amiga próxima a Marie, Ella May. Ella revelou a autora do livro The Meaning of our Tears (O significado das nossas lágrimas, em tradução livre), que há apenas algumas semanas do natal, Marie confessou a ela que estava grávida, e que o bebê era de Charlie. Ella também contou que Charlie e Fannie sabiam disso. Essa gravidez causada por incesto, e a possível humilhação e vergonha à família, caso este fato fosse a público, pode ter desencadeado a morte dos Lawson.

Hill Hampton, um amigo próximo a família, disse em entrevista ter conhecimento sobre os graves problemas em curso no seio da família, e que sabia a natureza do problema, mas que era algo pessoal, e ele não quis dar mais detalhes.

Após as mortes

Logo após os assassinatos, a fazenda foi transformada em uma atração turística pelo irmão de Charles, Marion Lawson. Um bolo que Marie Lawson havia feito para o dia de natal foi exibido na turnê. Por causa de alguns visitantes, que recolhiam as uvas passas que enfeitavam o bolo para levar como lembrança, ele foi colocado em uma travessa coberta de vidro, e este ficou preservado por muitos anos.


Milhares de pessoas dirigiam por km para conhecer a propriedade, apenas para ter um vislumbre da casa onde o horror ocorreu. Muitas pessoas relataram sentimentos de medo e uma tristeza sufocante que cercou e tomou conta deles.

Na década de 70 a casa da fazendo foi demolida, e o assoalho foi usado para a construção de uma ponte sobre um riacho que corria pelas terras de Lawson. Algumas manchas de sangue ainda podem ser vistas na madeira ao atravessar a ponte.

Fantasmas

A casa dos Lawson foi fechada para visitação, mas isso não impediu que curiosos se infiltrassem na casa em busca de qualquer evidência de atividades paranormais. Uma grande quantidade de pessoas alegam ter visto duas crianças pequenas, brincando ao redor da propriedade, só para, mais tarde, descobrirem por meio de fotos, que as duas crianças são, na verdade, os espíritos das crianças assassinadas.

Algumas pessoas alegam também, que à noite, ao dirigirem através de uma ponte, localizada próximo a cena do crime, uma névoa estranha cerca o carro, e o veículo inexplicavelmente irá desligar. Uma estranha condensação de água aparece nas janelas, e pequenas impressões de mãos começam a cobrir as janelas e o pára-brisa. Quando o motorista finalmente consegue ligar o carro, um dos primeiros modelos de carros de 1930 irá persegui-lo, seguindo de perto, dirigindo de forma irregular, através de estradas sinuosas, antes de desaparecer na noite tão rapidamente como apareceu. Estas manifestações são atribuídas à família Lawson.


Charles e sua família foram enterrados em uma vala comum na cidade vizinha de Walnut Cove. Todos os corpos foram enterrados em caixões separadamente, com exceção à Fennie, que foi enterrada abraçada ao corpo de Mary Lou. Por causa das estritas e rigorosas crenças batistas, a vala onde os corpos foram enterrados está localizada fora do solo sagrado da igreja. É por esta razão que muitos acreditam que os espíritos da família Lawson não puderam encontrar a paz na morte.

Entre outros acontecimentos estranhos no túmulo, existem relatos de pessoas que puderam ouvir choros e risos de crianças próximo aos túmulos, e o FVE a seguir chegou a ser gravado no local. O FVE pode ser ouvido a partir de 4:00.


No vídeo, eles explicam que deixaram o gravador ligado em cima do túmulo: "Colocamos o gravador na parte que concerne a Charles, e deixamos ligado. Depois, andamos até o outro lado do terreno. Nós só retornamos depois dessa FVE ser capturada." Dizem também: "Nós acreditamos que essa FVE pertença a Raymond, de apenas 2 anos. Existem várias batidas durante a gravação, e uma outra batida bem distinta, antes da voz de criança ser ouvida."

"Depois de meses ouvindo esta FVE, chegamos a conclusão de que a criança dizia 'Stop Button!' (Botão de Pare!). Estranho, não? Talvez os barulhos de batidas sejam de Maybell tentando fazer com que o gravador parasse de funcionar, e Raymond estivesse avisando que ela deveria apertar o botão de Parar."

Mas como uma criança que morreram em 1929 saberia como funciona um gravador? Eles explicam no próprio vídeo: "Eu questionei um experiente especialista paranormal sobre isso, e ele respondeu 'Se você realmente acredita que existem espíritos a nossa volta, como não acreditar que eles aprendem conosco? Que eles não observam cada aspecto de nossas vidas e aprendem com tudo isso?'"

Curiosidades

Em cima do túmulo da família, muitas pessoas deixam brinquedos para as crianças, tais como bonecas e carrinhos, mas o que mais chama atenção, é um pequeno ursinho branco, que foi deixado lá há muitos anos. Devido a tantos anos parado sob o túmulo, o ursinho emite um rugido, dito como assustador, quando o pequeno botão do mesmo é apertado.



O único sobrevivente da família, Arthur Lawson, morreu em um acidente de caminhão em 1944, com 33 anos de idade.


Existem muitas músicas inspiradas no caso da família Lawson, quase todas em ritmo country, já que a Carolina do Norte é um estado que tem tradição nesse tipo de musica. Acompanhe uma delas:


Um filme/documentário sobre a família Lawson foi lançado em 2006, com o nome "A Christmas Family Tragedy" ( Uma Tragédia de Família no Natal, em tradução livre). Veja o trailer:


Infelizmente não encontrei o documentário pelas ternetcha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário