quinta-feira, 12 de junho de 2014

Desastres do futebol Parte 1

Dia 12 de junho (mais conhecido como hoje) começou a Copa do Mundo no Brasil, e pra deixar você no clima de festa, toda quinta-feira teremos um post especial sobre tragédias do futebol mundial (não necessariamente em Copas do Mundo).


Hoje, vamos falar sobre o homicídio do zagueiro da Colômbia, Andrés Escobar, ocorrido na Copa de 1994:


Assassinato de Andrés Escobar

Andrés Escobar (13 de março de 1967 — 2 de julho de 1994) foi o zagueiro da Colômbia na Copa dos EUA em 1994, assassinado por ter marcado gol contra durante a partida Colômbia x EUA, e tornou-se simbolo contra a violência no futebol.

Andréas nasceu em Medellín em 13 de março de 1967, e cresceu em uma família de classe média. Aos 20 anos, tornou-se jogador de futebol profissional, pelo time Atlético Nacional de Medellin, primeiro e único time profissional da Colômbia do qual Escobar fez parte.

Ele fez sua estréia pela seleção da Colômbia em 30 de Março de 1988, na vitória por 3-0 contra o Canadá. A primeira aparição de Escobar em uma competição internacional aconteceu em 1988, na Taça Stanley Roup, onde também marcou o único gol de sua carreira internacional em um empate de 1-1 contra a Inglaterra.

Em 1994, Escobar foi convocado para participar da Copa do Mundo nos EUA, que ocorreria naquele mesmo ano, mesmo não tendo participado de muitos jogos de classificação.

A Colômbia perdeu o primeiro jogo contra a Romênia por 3-1, e a derrota tornaria a se repetir na segunda partida, contra os donos da casa.

Em 22 de junho de 1994, a Colômbia enfrentaria os EUA no estádio Rose Bowl, em Pasadena-Califórnia. Aos 34 minutos do primeiro tempo, ao tentar cortar um cruzamento do norte-americano John Harkes,
Escobar acidentalmente manda a bola para o gol, e o goleiro Oscar Córdoba não conseguiu defender. O resultado do jogo foi bem mais que o placar "Colômbia 1 x EUA 2".


Desclassificada da Copa ainda na primeira fase, a Colômbia volta para casa, e Escobar tornara-se bode expiatório da população, que o culpava pela eliminação do time.

Assim que voltou para a Colômbia, Andréas pediu férias. Dez dias após o seu regresso, enquanto estava em seu carro no estacionamento de uma boate na periferia de Medellín, Escobar foi abordado por Humberto Muñoz Castro acompanhado por outros três homens. Durante uma discussão, Humberto sacou uma arma e atirou contra o zagueiro por 6 vezes. Escobar foi socorrido e levado ao hospital, mas teve  a morte anunciada 45 minutos depois.

O funeral de Escobar foi assistido por mais de 120.000 pessoas. A cada ano as pessoas homenageiam o jogador, levando fotos de partidas das quais participou. Em julho de 2002, a cidade de Medellín inaugurou uma estátua em honra de sua memória se tornando um dos símbolos da sua cidade natal.

Oficialmente não foi comprovado que o assassinado tenha tido relação com a derrota nos EUA. No entanto, especula-se que a morte tenha sido encomendada por apostadores colombianos que perderam muito dinheiro com o resultado. A tese mais defendida é a que fala sobre um assassinato premeditado, a mando daqueles que perderam dinheiro de apostas com o resultado da Copa.


Há ainda outras hipóteses sobre a morte do jogador. Alguns dizem que o assassinato teria sido resultado de uma discussão sobre futebol na porta da discoteca durante a madrugada. A outra ressalta a teoria de que Escobar foi morto por pessoas ligadas ao narcotráfico, já que o homem que o matou com 12 tiros Humberto Muñoz Castro era guarda-costas e motorista dos membros de um poderoso cartel colombiano. Humberto confessou o assassinato e foi sentenciado a 43 anos de prisão, mas depois de 11anos,  foi solto por bom comportamento. Muñoz foi também motorista de Peter David e Juan Santiago Gallon Henao (dois condenados por tráfico de drogas na Colômbia) e uma versão da história afirma que Humberto havia apostado muito dinheiro na equipe, e que ficou muito braco por ter perdido.

Revolta de torcedores decepcionados ou apostadores que perderam dinheiro com a derrota, não se sabe ao certo o que desencadeou a morte do jogador, a única certeza que se tem, é que o episódio manchou para sempre a história do futebol colombiano.


Referências: Wikipédia

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