sexta-feira, 11 de julho de 2014

Desastres do Futebol Parte 5

Gente, peço perdão por não ter postado ontem. Eu fiquei meio que, como vou dizer... com preguiça de fazer as postagens, mas o bom é que hoje vamos ter 4 posts. Tudo tem um lado bom, né?

Bom, na última (foi mal) edição de Desastres da Copa, vamos falar sobre um estupro coletivo que aconteceu no último jogo da seleção brasileira, na Copa desse ano (2014). Um bando de alemão filhadaputa, usando a camiseta do flamengo cercou um grupo de brasileiros tetraplégicos e socou 7 peroka nos coitado, sem K.Y, sem carinho, sem beijinho no pescoço, com a benga mergulhada da mostarda e passada na areia e no cerol.

Brincadeira, gente.. teve bjinho :3


O motim de Port Said Stadium aconteceu no dia 1 de fevereiro de 2012,  em Port Said no Egito durante o Campeonato egípcio.

Port Said Stadium

A partida seria disputada entre o Al-Masry e Al Ahly, dois grandes times do Egito. Na arquibancada, as torcidas foram divididas: Os espectadores do Al-Masry ficaram do lado direito do campo (Norte), atrás do gol, enquanto os torcedores do Al Ahly ficaram do lado oposto (Sul).

O inicio do jogo foi adiado em 30 minutos, porque os fãs do Al-Masry estavam no campo antes do jogo, e recusavam-se a sair. Depois de tudo resolvido, a partida começou sem mais grandes problemas até os 30 minutos do segundo tempo. O placar estava Al-Masry 3 - 0 Al Ahly, e já parecia um jogo certo para a primeira equipe.

Mas os ânimos da torcida de Al-Masry estavam à flor da pele, e bem no final do jogo, eles invadiram o campo e foram em direção da torcida oposta, armados de garrafas, facas, pedras, fogos de artifício e ESPADAS. A segurança do local nada pode fazer para conter a grande massa humana, que fez seu caminho para a parte da arquibancada que cabia à torcida do Al Ahly, com a fúria de 500 babuínos no cio.


Pelo menos, 79 pessoas morreram e mais de 1000 ficaram feridas no conflito. Algumas das vítimas morreram esfaqueadas e espancadas, enquanto outras foram deliberadamente jogadas para fora da arquibancada ou pisoteadas pelo tumulto. Hisham Sheha, um funcionário do Ministério da Saúde, disse que a maioria das mortes foram causadas ​​por facadas, hemorragias cerebrais e contusões. Houve pânico generalizado, e as saídas da arquibancada - que permaneceram trancadas - foram congestionadas por pessoas tentando fugir da confusão.

O time Al Ahly fugindo do campo, com medo do linchamento.

Os jogadores de ambas as equipes se trancaram nos vestiários, com medo de serem linchados pela torcida ensandecida, mas o treinador português do Al-Ahly, Manuel José, que não conseguiu chegar no vestiário a tempo, foi chutado e esmurrado sem dó.

A policia não podia (ou simplesmente não queria) conter o tumulto, e soldados do exército egípcio foram mandados de helicóptero para o local para tentar conter o motim. Depois da treta ser contida, cerca de 47 pessoas foram presas, e 21 delas condenadas a morte por um juri.

TEORIAS

Após o incidente, os ativistas políticos contra o governo, acusaram o dirigente do Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF) e remanescentes do antigo regime ainda em posições de poder, afirmando que os eventos eram de natureza "contra revolucionária". Ativistas citaram o recente aumento dos níveis de criminalidade de alto nível na semana que antecederam o evento como prova de que a violência havia sido
organizada.

As cadeiras da arquibancada, manchadas com o sangue das vítimas.

Irregularidades de segurança antes do jogo também foram referidas nas alegações dos ativistas; participantes do jogo alegaram que, em contraste com os procedimentos normais, não houve checagem dos torcedores nas entradas do estádio, permitindo assim, que as pessoas entrassem armadas. Testemunhas também afirmaram que os seguranças presentes não tomaram nenhuma atitude para evitar ou atenuar os confrontos, efetivamente ficando de lado e observando os ataques acontecem.

O treinador Manuel José disse que todo o massacre foi orquestrado. Ele contou em entrevista que, no extremo norte do estádio havia uma faixa que dizia, em Inglês: "Vamos matar todos vocês", um slogan que ele pensou ser dirigida aos meios de comunicação internacionais e não às equipes, (na época, o Egito passava por um conflito com Israel). Ele disse também que as portas na extremidade sul, onde os fãs Al-Ahly estavam localizados, mesmo depois do início do motim, permaneceram trancadas e alguns fãs morreram de asfixia lá. Ele criticou a polícia, dizendo que eles se mantiveram sentados, observando os conflitos, e que sequer se mexeram durante a invasão, apesar de estarem armados e em número considerável.

Os corpos das vítimas fatais foram colocadas no campo.

Manuel José ainda conta que viu a torcida do Al-Masry indo em direção aos fãs do Al-Ahly, e que viu pessoas caindo da arquibancada. Ele foi levado para uma sala VIP e tentou voltar para o vestiário, mas era impossível chegar lá. Manuel também informou que quatro pessoas morreram no vestiário do Al-Ahly.

APÓS

Este desastre do futebol não terminou por ai. Durante o julgamento dos envolvidos presos no conflito,  ocorrido em janeiro de 2013, houveram manifestações populares para a libertação dos mesmos. O povo de Port Said viu o veredito de morte à 21 dos acusados como uma decisão política, em vez de um julgamento justo, e as famílias dos acusados, juntamente com os Ultras (algo como os Black Blocs do Egito) protestaram contra as prisões. O grupo dividiram seus esforços entre os arredores da prisão onde estavam os acusados e a principal rua de Port Said. Outro grupo também bloqueou os portões de um grande complexo industrial têxtil, que emprega cerca de 20.000 trabalhadores.


Em meio aos protestos contra as sentenças de morte em Port Said, confrontos eclodiram entre manifestantes pró-réus e as forças de segurança no perímetro do Port Said General Prison. Em 26 de janeiro de 2013, 2 policiais e 20 civis foram mortos, e mais de 250 pessoas ficaram feridas.

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