Quarta do Terror - Livrai-nos do Mal

Ficha Técnica:
Direção: Scott Derrickson
Ano: 2014
País: EUA
Duração: 119 Minutos
Título Original: Deliver Us from Evil



Sinopse:
O policial Ralph Sarchie (Eric Bana) tem uma intuição especial, que sempre o leva a combater casos extremos e perigosos. Em uma mesma semana ele se depara com um bebê jogado no lixo e uma mãe que atira seu filho na jaula dos leões em um zoológico. Intrigado pelos acontecimentos, ele começa a investigar as pessoas responsáveis, suspeitando que alguma força sobrenatural esteja por trás das histórias. Com a ajuda de um padre especializado em demonologia (Edgar Ramírez), Sarchie descobre uma verdade assustadora, muito além do seu mundo cético e racional.

Elenco:

Cheio de homi bão.

Crítica:

São quase 6h da manhã, enquanto escrevo essa crítica. O que isso tem a ver com o filme? Nada, só queria mostrar minha dedicação à vocês.

Livrai-nos do Mal não é um suspense daqueles que se diga "Nossa senhora me borrei de medo", mas também não é ruim. Acho que se fosse classificá-lo, diria que ele até está acima da média, se comparado à muitos filmes de suspense/terror da atualidade.

O filme começa com aquele suspense todo - soldados atirando em geral, gente morrendo, morcego, aranha, cobra, a tumba do Kapiroto, lanterna que para de funcionar, gritaria, enfim - no entanto, com o decorrer do longa, notamos que o suspense não é o foco do filme, e sim apenas um plano de fundo, pelo qual a trama "policial" se constrói. 

Conhecemos então o personagem principal do filme, Ralph Sarchie, o estereotipado policial americano, (aquele badass que faz graça com o parceiro, com grande senso de justiça, que dá murro na cara de criminoso, de saco cheio do mundo malvado em que vive e por isso chega em casa bravo e dá uns berrinho com a família) e o personagem clichê de filme de exorcismo (aquele meio ateu, que perdeu sua fé por causa de alguma coisa do passado, que não acredita e até zomba da história mas que depois de ver alguma coisa bizonha, pede arrego pro padre).

Em contrapartida, conhecemos também o padre Mendoza, que é um padre bem peculiar, daqueles com cabelo comprido like a Jon Snow, que adoram uma birita, fumam pra caralho e que não fazem jus ao voto de celibato.

Livrai-nos do Mal é até divertido de assistir, no entanto, o suspense dele é fraco, sempre puxado pelo efeito sonoro "surpresa", que na verdade não surpreende porra nenhuma. Diria até que as cenas de suspense são totalmente previsíveis.

Também notamos uma enxurrada de cenas inúteis, e de alguns fatos que não tiveram explicação, por exemplo: [SPOILER] Afinal, qual a relação entre The Doors e o Kapiroto? O que deu origem a tal maldição? Por que o outro pintor se matou, (isso se ele de fato se matou, não ficou totalmente claro) e como a galera não sentiu o cheiro de chorume vindo do porão? Onde tá escrito na bíblia que o Kapiroto manja de falar com leão? Por que o gato crucificado? A LOUCONA MATOU O MÉDICO E NINGUÉM TÁ POUCO SE FODENDO.. [/SPOILER] Bom, há muita coisa que aparentemente ficou sem sentido no filme, pelo menos pra mim.

Porém, mesmo cheio de problemas, Livrai-nos do Mal não cansa como outros filmes que conheço, com uma introdução que parece não ter fim. A ação está sempre presente, o que ajuda o espectador a criar interesse. As cenas também são muito bem criadas, e [SPOILER] tirando o final, onde o possuído deu uns gemidinhos como quem acabou de soltar os puns presos no toba há 2 horas, o exorcismo foi bastante convincente [/SPOILER].

Bom, pra resumir, Livrai-nos do Mal é um filme divertidinho, no entanto, o tempo gasto com a boa quantidade de cenas inúteis poderia ter sido melhor aproveitado em cenas que expliquem algumas
lacunas abertas no filme e que não foram fechadas.

Nota:

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Bom filme!