quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Nêmesis: a estrela da morte


Todo mundo sabe que o Sol é a estrela central do nosso sistema solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. O sol também é considerado uma estrela solitária pela maioria dos cientistas, já que, se comparada à outras estrelas, que, em sua grande maioria, fazem parte de um pequeno conjunto de duas ou três outras estrelas, agrupadas pela gravidade.
O que muita gente não sabe é que existe a hipótese de que o Sol, na verdade, não é tão solitário quanto se imagina. Uma teoria bastante abordada no meio científico, explica que a nossa estrela tem uma irmã, que foi batizada de Nêmesis.
Esboço da órbita de Sedna (em vermelho), comparado com
os demais planetas do Sistema Solar.batizada de Nêmesis.

Nêmesis é uma estrela anã teórica que se imagina ser uma companheira do nosso sol. A hipótese foi postulada para explicar um ciclo percebido de extinções em massa na história da Terra. Os cientistas especularam que uma estrela poderia afetar a órbita de objetos num sistema solar distante exterior, enviando-os em rota de colisão com a Terra. Porém pesquisas astronômicas recentes, não conseguiram encontrar qualquer evidência de que Nêmesis (que recebeu o apelido de estrela da morte) realmente exista.

No início de 1980, os cientistas notaram que as extinções na Terra pareciam cair em um padrão cíclico. As extinções em massa parecem ocorrer com mais freqüência a cada 27 milhões de anos. O longo período de tempo fez com que eles se voltassem para os eventos astronômicos como uma explicação, começa então a teoria de Nêmesis a estrela da morte.

Em 1984, Richard Muller, da Universidade da Califórnia  sugeriu que uma estrela anã vermelha à 1,5 anos-luz de distância pode ser a causa das extinções em massa. Teorias mais tarde sugeriram que Nêmesis poderia ser uma anã marrom ou branca, ou uma estrela de baixa massa apenas poucas vezes a massa de Júpiter. Em todos as alternativas ela lançaria luz fraca, tornando-a difíceis de se detectar.

Embora nunca tenha sido vista de fato, existem provas de que sua existência é de fato, real e Sedna pode ser uma pista.

Sedna (ou 90377), é um planeta anão descoberto em 2003 por Mike Brown, um astrônomo e professor estadunidense. Este pequeno planeta foi o responsável pelo "rebaixamento" de classe de Plutão, que passou de planeta para planeta anão.

Atualmente, Sedna está cerca de três vezes mais longe do Sol e possui uma orbita considerada "excêntrica". Segundo Brown, Sedna não deveria estar onde está. Não há como explicar sua órbita, pois ele nunca está próximo o suficiente para ser afetado pelo Sol, mas também nunca está longe o suficiente para ser afetado pelas outras estrelas. Em suma, o que prende Sedna ao Sistema Solar? Aí que entra Nêmesis.Teoricamente, a órbita de Sedna seria influenciada pela suposta estrela irmã do Sol.

Comparação entre os tamanhos do Sol, dos planetas do sistema solar, supostos
outros planetas e o provável tamanho de Nêmesis.

Outra prova de que Nêmesis é real, diz respeito ao estranho comportamento de uma região chamada Nuvem de Oort. A Nuvem de Oort é composta de rochas geladas que cercam o sol além do alcance de Plutão. Muitos desses pedaços viajam ao redor do sol em um longo prazo, a órbita elíptica. À medida que se aproximar da estrela, o gelo começa a derreter e fluxo atrás deles, tornando-os reconhecidos como cometas.

Se Nêmesis viaja através da nuvem de Oort a cada 27 milhões de anos, alguns argumentam, que a estrela da morte poderia “chutar” cometas da esfera e enviá-los na direção interior do sistema solar e consequentemente a  Terra. Taxas de impacto aumentariam, e extinções em massa seriam mais comuns.
O Cinturão de Kuiper, um disco de detritos que se encontra dentro do sistema solar, também tem uma borda externa bem definida, que pode ser cortada fora por uma estrela companheira. Pesquisadores descobriram outros sistemas onde uma estrela companheira parece ter afetado a forma dos discos de detritos.


Alguns estudos afirmam que a órbita de Nêmesis ao redor do Sol dure algo em torno de 26 milhões de anos e que em determinado momento a estrela atravessa a Nuvem de Oort, que arremessa bilhões de asteróides e cometas para todos os lados, muitos dos quais acabam vindo para o Sistema Solar e, sugados pela gravidade do Sol, acabem atingindo a Terra, causando assim grandes extinções da vida no planeta, como por exemplo a extinção dos dinossauros, que ocorreu há 65 milhões de anos. A influência de Nêmesis no comportamento da Nuvem de Oort também pode ter sido responsável por tantas outras extinções em massa do planeta Terra, posteriores à extinção dos dinossauros, e provavelmente às próximas. Além disso, a maioria dos cometas que chegam ao Sistema Solar interior (para “dentro” da órbita da Terra) parecem vir de uma mesma região da Nuvem de Oort.

Ilustração da Nuvem de Oort.
Esses fatos dão força à hipótese de Nêmesis, que teria de ter entre 3 e 5x a massas de Júpiter no mínimo. Para esse limite de massa, ou mesmo para algumas dezenas de vezes a massa de Júpiter, esse objeto seria um planeta massivo ou uma anã-vermelha. Em ambos os casos, seria praticamente indetectável no visível, mas muito brilhante no infravermelho. Mesmo Mark Brown já admitiu que esse objeto, se existir, seria muito pequeno, estaria muito longe e seria muito lento. Facilmente ele passaria despercebido nas suas observações.

Referências: Wikipédia e Ciência e Tecnologia 

3 comentários:

  1. "Nibiru" ali…
    '-' ORLY?

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    1. Siiim. Nibiru é outro planeta que eu pretendo postar aqui!

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    2. Eu já tinha lido sobre ele antes, mas essa "Terra Nova" e esse Ti… Tig… Tigre, sei lá, não.
      Enfim, boa sorte com a postagem do Nibiru c:

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