quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Conto - O insano diário de um amigo meu - Parte 5

Leia a Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4 e Parte 6


A última parte ficou um pouco grande demais, então eu tive que colocá-lo em duas partes. Lamento que eu não consiga encontrar o tempo para responder a cada uma, mas estou meio que ferrado. Algumas pessoas me pediram para dar alguns números sobre a tragédia em Dwight Fuller. Posso dar-lhes as estatísticas aproximadas, uma vez que esta informação tornou-se bastante relevante nesta parte. Em 1992, havia 289 alunos, 31 professores, quatro funcionários entre diretor, vice diretor e coordenadores e um zelador na escola. Todos e cada um deles estava lá naquela noite. Cada professor e funcionário morreu naquela noite. Mas, em um esforço heróico, o zelador conseguiu salvar 18 alunos, através da remoção de uma unidade de ar condicionado do lado do edifício, criando assim uma saída, já que ele não pôde abrir nem as portas nem as janelas de todo o prédio. Sua história será contada em detalhes por Joel um pouco mais adiante na história. Depois disso, houveram vários outros incidentes que, como o que aconteceu a Joel, foram encarados como simples acidentes ou suicídios. Cinco anos após o incêndio, um grupo de crianças, de 12 a 14 anos, foram vistos no terreno do edifício na noite do aniversário da tragédia. Haviam 4 crianças no grupo, mas nenhuma foi encontrada. Dois anos depois, os cadáveres de um par de viciados em heroína foram encontrados alguns dias após a noite da dança dos mortos. Sete anos depois, um casal de namorados foi encontrado com os pulsos cortados dentro da escola. Eles haviam desaparecido há muito tempo e a polícia suspeitou de suicídio. Quatro anos depois, seis jovens viciados em alguma droga psicodélica "se mataram" no mesmo lugar; uma sétima vítima foi encontrada com vida, mas passou os últimos 4 anos em uma instituição mental.

Mas o suficiente sobre isso, vamos falar de mim por um segundo. Embora esta atualização pode ser mais apropriadamente postada em outra parte do fórum.


Eu tive uma sessão com meu terapeuta mais cedo. Ele ressaltou que eu parecia melhor. Ele comentou sobre a minha postura, atitude e discurso. Eu tinha perdido um monte de meus medos e comportamentos neuróticos, de acordo com ele. Eu me sinto melhor, então eu não estava exatamente contradizendo-o. Eventualmente, ele me perguntou sobre as drogas. Perguntou-me como o novo medicamento estava funcionando. Eu disse, obviamente, que estava funcionando muito bem. Ele ficava perguntando sobre isso, tentando me avaliar. Ele suspeitava que eu não estivesse tomando as pílulas, ou eu tenho quase certeza disso. Então, ao invés, eu virei o jogo. Não é fácil perguntar algo a um terapeuta, principalmente porque eles costumam responder às perguntas com outras perguntas. Eventualmente, eu tranformei meu monólogo em uma conversa real e o perguntei se eles, de acordo com a lei vigente, poderia me manter legalmente preso na instituição. Ele disse que apenas se me julgassem como um pergio para a sociedade. Então eu disse que queria sair.

Ele me disse para esperar. Então eu o fiz. Ele deixou o escritório para conversar com algumas das autoridades superiores da instituição. Então eu esperei lá por quase uma hora. No começo eu estava animado, eu poderia sair. Eu me sentia pronto, em apenas alguns dias eu tive uma mudança tão grande. Ou, estou cada vez mais delirante, embora eu não pense assim (eu tenho que acreditar que eu não sou louco de qualquer maneira). Então eu comecei a ficar preocupado quando ele não voltava. Depois de uma hora, eu estava agitado. Quando ele finalmente voltou, ele foi seguido por outros dois médicos, uma enfermeira e um enfermeiro. Eles alegaram que as tendências recentes de cleptomania que eu estava mostrando era um sinal de mais problemas subjacentes. Eu disse que nós ainda não tínhamos conversado sobre isso, ninguém nunca me chamou de cleptomaníaco. Eu havia dito que estava arrependido que eu tirei o telefone, porque eu só queria um pouco de acesso não filtrado e não-supervisionado ao mundo. No entanto, eles não sentiam que eu estava pronto para o mundo exterior. Eu disse que, já que não poderiam me chamar como um perigo para qualquer pessoa, não seria a sua decisão. Eu não tenho nenhum histórico de violência, nunca exibi ódio, raiva ou pensamentos sociopatas. Eu disse a eles que eu estava saindo e que tinha entrado aqui por minha livre e espontânea vontade, eles não tinham razão ou autoridade para me manter aqui. Eles disseram que queriam me mostrar o meu quarto. Eles agora falavam-me como uma criança. "Vem cá, você está apenas cansado." "Nós vamos conversar sobre isso na parte da manhã, quando você estiver menos agitado." "Você quer pudim? Ouvi dizer que eles tem algum pudim de chocolate muito bom na cantina hoje." "Se você acabou de tomar os comprimidos..." Eu posso ter ficado agitada no começo, mas agora eu estava com raiva. Mas não tive medo. E isso fez toda a diferença. Eu mantive a distância quando eles se aproximaram, os médicos vieram por trás de mim. Eu disse a eles para que não me tocassem. Um deles pegou no meu braço. Eu disse a ele de novo, não me toque. Em seguida, ele pegou em mim novamente. Lembro-me de um provérbio que li uma vez, eu não me lembro as palavras exatas, mas era algo assim:

Um homem está andando por uma estrada e se depara com um viajante, caminhando em outra direção. Ele saúda o viajante e o viajante o chama de vaca. O homem se sente ofendido por isso e soca o viajante. Ele, então, continua na estrada e avista outro viajante, que o chama também de vaca quando se aproximam. O homem, profundamente confuso com isso diz ao viajante para calar a boca e continua o seu caminho. Em seguida, ele se depara com um terceiro viajante, que também o chama de vaca. A única coisa que o homem pode pensar como uma resposta para isso é "Muu".

Você é chamado de louco tantas vezes que em um certo ponto, você só precisa provar que estão certos.

Peguei um cinzeiro que talvez nunca tenha sido utilizado e esmaguei-o na cabeça dos médicos. Eu não sei por que um profissional treinado, um homem grande e pronto para uma altercação/luta não viu aquilo se aproximando. Ele caindo me fez pensar que aquilo foi mais fácil do que eu pensei que seria. Mais uma vez, eu disse a eles para não me tocar. Eu sabia onde isso ia dar. Os médicos ficaram impressionados em silêncio. Eu passei por eles e atravessei a porta, todos eles foram mantendo distância. Eu comecei a correr pelo corredor, fazendo meu caminho para a saída. Eu estava no final do corredor e tinha passado por dois lances de escadas em menos de um minuto. Então, quando eu olho para fora da porta, no piso térreo, eu vejo seis enfermeiros correndo em minha direção. Eu pude ouvi-los descendo os andares superiores. Eu estava ferrado. Não podia passar por eles. Mas aí me lembrei do porão. Talvez houvesse algo lá embaixo, uma saída. É claro que as chances de alguém ter esquecido alguma porta aberta eram quase nulas, essas pessoas não são estúpidas. Mas eu estava desesperado. Então agora estou escrevendo isso em uma sala de armazenamento bloqueado, ao lado de uma caldeira de limpeza de equipamentos terrivelmente barulhenta. Consegui barrar a porta com uma grande chave através da maçaneta da porta. A temperatura da sala provavelmente está semelhante a de um forno, porque a porta é de aço sólido, um porta à prova de fogo. Eu acho que é assim como a chamam.

Sorte a minha, na verdade existe acesso à internet aqui em baixo. Eu não esperava isso. Portanto, esta é provavelmente a última vez que eu escrevo, eu vou conseguir um belo chute na bunda por essa bagunça. Eles ainda estão tentando arrombar a porta. De qualquer forma, devemos continuar. Eu realmente espero que eu consiga escrever tudo o que tenho pra escrever, mas se eu parar no meio do caminho, de repente, vocês sabem o porquê.




Deixei enfermeira Olsen ali, sob a pilha de entulhos. Metade do seu rosto havia desaparecido. Eu alcancei os outros rapidamente. Eu não ia dizer-lhes que as cheerleaders está nos perseguindo, mas eu realmente não precisei. As meninas voltaram-se para nós, caminhando em nossa direção, saboreando o terror. Quando eu ataquei a cabeça da enfermeira Olsen, elas tinham parado. Elas pareciam chocadas na verdade. Eu quase ri disso, apesar de que seria de muito mau gosto. Elas, então, começaram a correr e eu também. Alcançando os outros, eu assumir a liderança e os outros seguiram-me enquanto eu me esgueirava pelas sala, que por algum motivo, estão unidas nessa parte da escola. Demos um par de voltas aleatórias pelo local, evitando fazer qualquer tipo de ruido mais alto ou até de fazer sombras mais sólidas. Quando o doutor começou a ficar mais lento, paramos. Eu não me sentia sem fôlego, e Sebastian parecia bem, mas Jéssica estava respirando pesadamente, e o doutor parecia que estava prestes a ter um ataque cardíaco a qualquer segundo. "Jesus Cristo, quanto tempo nós temos que fazer isso?" Sebastian tinha um tom meio cinza-esbranquiçado, mas ele não estava cansado. "Da última vez, eu encontrei uma maneira de sair, antes das seis horas." Eu estou começando a cansar-me, e isso tudo está transformando-se em um trabalho muito árduo. "Eu não vou durar muito tempo." Jessica está observando tudo com sua lanterna. "Nós não vamos ter que aguentar, nós apenas temos que destruir a anã de cutelo em punho." "Como é que vamos mesmo fazer isso, qual é o plano?" "Uma vez que a força bruta não está funcionando... Eu estou trabalhando nisso." O olhar universal de decepção é bastante desconcertante. "Você nem sequer tem um plano? Qual foi sua idéia ao vir pra cá?" O médico se junta a nós novamente. "A coleta de informações e, em seguida, a aplicação prática." "Então ... você está a estudando." Jessica me lança um olhar nada impressionado. "Sim, mas até agora eu tenho um monte de informações que eu não tinha antes." "Como o quê?" "Bem, ela parece ser indestrutível, mas ela é pequena e por isso tem alguma estranha força super-humana por trás dela enquanto lutamos. Então há esse truque das portas. Percebo que ela só parece ser capaz de fazer isso em portas fechadas e não pode nos encontrar facilmente com essa capacidade. Eu  já sabia que ela poderia bloquear qualquer entrada e saída no prédio também. E tem também os fantasmas. Aqueles violentos ou, de fato, todos os que aparecem, surgem exatamente no horário em que morreram. O que isso quer dizer? Lembram-se de Trevor? Ele foi um dos primeiros a morrer, pregado no teto acima das placas. Depois de tocar por 45 minutos, ele saiu do palco para mijar. Ele correu até os banheiros de cima, uma vez que os de baixo já estavam todos em uso. Aqui ele conheceu Miss Mask, e ela o pregou ao teto. "E as lideres de torcida? Elas não pareciam querer sair da festa." "Elas provavelmente vieram para os andares superiores pra dar uma bimbada com os meninos e Miss Mask os encontrou. Todos os participantes do sarau que tinham pênis morreram rapidamente, enquanto as meninas tiveram um tratamento vip." "E quanto aos outros fantasmas?" "Quando o fogo começou, a maioria das pessoas correram para as portas de saída. Quando descobriram que estavam todas trancadas, as pessoas foram mais e mais para dentro do prédio e até para os outros andares. A maioria morreu ao ser encurralada pelo fogo ou sufocados pela fumaça. Os que pensaram em subir as escadas foram os que conseguiram escapar do fogo, mas foram massacrados por Miss Mask. É por isso que, por volta das 23:00, este lugar torna-se cheio." Sebastian levanta a mão. Eu não consigo parar de sorrir "Sim, Sebastian?" "Por que você a chama de Miss Mask?" "Excelente pergunta. Quando estive aqui pela primeira vez, eu tinha escutado muito Outkast nas semanas anteriores e Miss Jackson não saia da minha cabeça até os assassinatos naquela noite fatídica. Depois pareceu oportuno" "Tudo bem, é justo." Jessica levanta a mão. Gesto bonito, mas não acho que ainda tenha muitos de nós, a ponto de nos preocupar com um interrompendo o outro. Eu gesticulei para ela. "Você já pensou no motivo que a levou a ser tão cruel com Trevor ou com as líderes de torcida?" "Sim, eu falei com eles sobre isso. Eles disseram não conhecer ninguém que os odiava.. bem, as líderes de torcida tinham algumas desavenças, mas depois de ouvir suas explicações, tinha certeza de que não era nada para se preocupar. E eles realmente não tinham quaisquer pessoas em seus círculos sociais em comum. Além disso, muitos dos outros tiveram os mesmos tratamentos de terror, tão mal quanto os demais, e Trevor e as meninas tinham razões legítimas para vir aqui em cima." "Mas você disse que ela controla portas" "Sim.. mas.. eu não estou acompanhando." "Se ela pode controlar as portas, ela pôde muito bem encaminhá-los para cima. Você sabe, Trevor estava à procura de um banheiro, e as meninas estavam à procura de uma sala de aula vazia. Eles não encontraram nada aberto lá embaixo, e portanto, vieram aqui pra cima. Onde Miss Mask estava os esperando." "Sim.. mas ainda sim eles não tinham pessoas que os odiassem.." "Talvez não fosse ódio." Connely falou, sua voz estava constantemente trêmula e seu tom de pele parecia que poderia se misturar com as paredes de concreto cinza. "Depois de ler sobre um monte de pessoas mentalmente doentes, esta pessoa, ou fantasma, ou demônio, ou o que seja, apresenta os mesmos sinais clássicos de narcisismo maligno que você encontra em muitos serial killers. Ela odeia a instituição, bem como as pessoas aqui, mas havia coisas pelas quais ela tinha fortes sentimentos. Esse sentimento pode ter sido rejeição, ou talvez ela só sentiu que havia sido rejeitada, e tomou alguma medida de vingança, porque ela sente que tem direito a ele. Assim, ela torna-se seu próprio motivo, encontra um meio e cria uma oportunidade." 
Eu mal registrei as últimas palavras do doutor, minha mente está voando. "Eu preciso falar com Trevor!" Eu começo a correr em direção ao primeiro lance de escadas novamente. Agora estou deliberadamente negligenciando a nossa segurança, correndo pelo corredor principal. Eu olho para o meu relógio. 
22:24 
Chego até Trevor e observo que os outros não ficaram muito atrás. "Ei, cara, pensei que você estaria boiando em psicopatas à essa hora." "Nós ainda temos 35 minutos." Os outros vão para o quarto, Sebastian vigia a retaguarda e fica de prontidão na frente da porta. "O que você está fazendo aqui, hombre? Saia daqui e vá resolver o enigma. Espera, não tinha mais de vocês antes?" "Sim, nós encontramos algumas pessoas no caminho.." "Que merda, cara.. tem certeza que ainda não são 23:00? Isso não é um progresso." "Eu sei. Ouça, sobre a nossa primeira teoria-" "A coisa da vingança? Qual é cara, ninguém me odiava.." "Olhe pense bem nisso. Você machucou alguém? Sem querer ou algo menor? Houve alguém que poderia ter ficado muito ofendido por algo que você fez? Esta pessoa pode ter, sei lá, gostado de você. Romanticamente falando." Eu estava falando tão rapidamente que não tenho certeza se ele conseguiu entender tudo o que eu disse. Mas assim que parei de falar, seus olhos se arregalaram. "Bem, havia uma garota.. mas parecia tão pequena. O nome dela era R alguma coisa.. Rebecca eu acho." "Bem, o que aconteceu com ela?" Eu estava tenso. "Ela me convidou para o baile. Eu disse que não, porque eu iria tocar com a maior parte da noite e então eu tinha um encontro mais tarde. E.. ela realmente não fazia meu tipo. Ela pareceu realmente chateada com a rejeição, mas eu não consegui entender o porquê." "Foi só isso? Nada mais?" "Bem, eu nãosei se foi a mesma garota, mas eu fiquei sabendo de uma menina que se encaixa na sua descrição - cabelo curto, preto, bem simplória - que havia feito piada sobre si mesma durante os testes para novas líderes de torcida. "Eu quase fui para trás com essa mistura de excitação e frustração. Excitração. "Trevor, eu te beijaria se eu não quisesse bater em você! Você demorou todo esse tempo para me falar isso, cara!" "Bem, tenho estado um pouco ocupado, sentindo pena de mim mesmo por estar pregado a uma parede. Então, você acha que é ela?" "Soa suspeito pra mim, mas preciso de mais informações. Eu preciso falar com Beverly." "Ela não está rondando os corredores, tentando colocar suas bolas em uma pequena bolsa em volta do pescoço?" "Uh, sim. Mas vai ficar tudo bem. Eu tenho um plano." O plano era praticamente este: Eles a distrairiam e eu a pegaria. Eu não sei quem tinha o trabalho mais perigoso. Eu sei que Beverly não estava no grosso das líderes de torcida. Ela passava o tempo vagando entre elas e seu namorado, que eu tenho que acreditar que ela amava quando viva. É a única razão pela qual ela dedicaria tanto tempo para torturar eternamente seu espírito. Esses são alguns dos afazeres de alguns fantasmas, quando não caçam os vivos. Eles atormentam seus companheiros mortos.  
O resto da turma está em uma sala de aula, a 20 metros de distância. Eu estou em um armário no corredor. Quando caí na mão das líderes de torcida pela primeira vez, nós tinhamos corrido todo o caminho para o terceiro andar. Tínhamos nos escondido em um banheiro, Fleur, Steven e ei. De repente, uma das meninas nos encontra. Eu não sei como, mas ela ouviu-nos lá dentro. Sob a forma de um grito estridente, ela convocou suas amigas. Eu e Stevie atacamos. Demorou meros momentos antes de 5 delas encurralarem Stevie e o dragar para longe. Quando tentei ajudá-lo, uma menina loura, brandindo uma faca bem afiada cortou-me do ombro ao quadril em uma única linha. A dor imediata me jogou para trás, para fora da porta do banheiro. Fleur já estava lá fora. A última coisa que eu vi foi Beverly, piscando para mim enquanto suas amigas rasgavam Steven distante. Eu não podia abrir a porta de novo, só ouvi um grito apavorado de homem.  
Nós tínhamos testemunhado as meninas passarem por nós duas vezes, ambas as vezes sem Beverly. Eu não tenho idéia de por que nós as encontramos tão rapidamente ou por que elas estão andando em círculo, mas, novamente, as poucas coisas que fazem sentido por aqui não incluem os habitantes. Na terceira vez eu achei que Beverly podia não estar com elas, mas a sorte sorriu para nós, e eu pude eu vê-la arrastando-se um pouco atrás das outras. Eu acendo meu isqueiro em uma das pequenas fendas na parte superior do armário. Isso é o sinal. Quando as duas primeiras meninas passaram por uma porta fechada à sua direita, Sebastian acertou o tubo de aço direto na cabeça das meninas, de forma muito eficaz espeleologicamente em seus crânios. A outra mal teve a chance de reagir antes de Jessica bater nela no joelho, derrubando-a para a frente, de cara no chão. Todo o grupo pára. Elas provavelmente nunca, em suas mentes retorcidas e doentes, esperavam um ataque furtivo assim. Há mais três, imóveis, até que o doutor passa por elas com dois bastões, balançando-os como se fosse o maior badass e as acerta. Conforme Jessica e Sebastian viram-se, e o grupo de suporte "aquele-dia-do-mês" as acerta novamente, até que as duas meninas gritassem seus pulmões para fora. Felizmente, Beverly estava um pouco distando demais. Conforme ela corria apressada, eu salto sobre ela com um grande lençol e o enrolo entorno dela. Agora ela está cega e seus movimentos foram restringidos, e finalmente, Beverly parece um fantasma adequado. Ela é rápida para rasgar um buraco no lençol com sua pequena faga, assim, me mostrando involuntariamente onde um de seus braços está. Eu, então, rapidamente encontro o outro e amarro ambos sob seus joelhos. Com a minha virilha em seu rosto, isso parecia mais como uma agressão sexual. Ou necrofilia, dependendo de como você categoriza esta monstruosidade loura. Sorte dela - ou minha - eu estar aqui apenas para conversar. Cara, isso soa pior e pior a cada segundo. Eu rasgo um pequeno buraco onde seu rosto está. "Olá Bevs, por que está tremendo?" "Saia de cima de mim, seu tonto!" Ela está se debatendo muito. "Eu um segundo, eu só preciso que você responda algumas perguntas." "Nós tivemos muito tempo para papear antes de hoje a noite, idiota. Isso não é mais Roda a Roda Jequiti" "Eu sei.. eu só preciso que você pense um pouco. Espero não estar pedindo muito." "Vai se foder." "Talvez mais tarde. Acabei de falar com Trevor e ele mencionou alguém. Você se lembra de uma garota chamada Rebecca?" "Não, por que? A ruivinha aí não te basta?" "Ok, vamos apenas tentar ser um pouco civilizados. Você não se lembra de ninguém chamado Rebecca? Cabelo preto, curto e liso, que pode ter feito uma puada sobre si mesma em um de seus testes?" "Sim, tudo bem, eu me lembro de uma vadia que tentou entrar para o time das lideres de torcida. Ela era terrível, por isso não deixei ela entrar na equipe, obviamente." "Tudo bem,então vocês simplesmente agiram como qualquer lider de torcida: sendo cuzonas com os outros, porque eu me lembro de algumas lideres de torcida da minha escola que eram tão vadias quanto vocês." "Vai se foder Joel! Estávamos treinando para as eliminatórias da primeira rodada. Até paramos de rir quando ela caiu na porra da terceira vez consecutiva. Nós nunca provocamos ninguém, sabíamos o quão aterrorizante era ficar na frente de toda a equipe, com medo de fazer cagada!" "Mas vocês a rejeitaram.." "Bem, ela não deve ter ficado surpresa. E quando a gente disse que não, ela apenas virou. É claro que ela não era a única do dia que rejeitamos, pelo menos as outras duas nos ameaçaram de morte. Mas ela foi bastante julgada no início. O treinador Oliver nos avisou que ela era uma atleta terrível. Ela matou o treinador muito cedo.." "Espere, você acha que Miss Mask é essa garota Rebecca? Isso é uma loucura, essa coisa se ​​move como o diabo possuindo uma versão pocket de Arnold Schwarzenegger. Isso não pode ser ela." "Melhor palpite que eu tenho." "Você tem mais alguma coisa sobre isso?" "Chegue mais perto e eu vou lhe dizer." "Obrigado, mas eu gosto do meu nariz onde ele está "" Espere, você realmente acha que pode detê-la?" "Talvez, vale a pena uma tentativa" "Você já falou com o velho?" "O velho?" "O velho, o cara herói. O zelador." "Merda, ele está aqui? Eu pensei que ele tivesse morrido fora daqui por inalação de fumaça." "Não, ele está no terceiro andar em algum lugar." "Obrigado, eu vou ver como ele está. Agora, eu não acho que você pode me deixar ir sem tentar me matar, certo?" "Não posso fazer isso querido, eu tenho uma quota de chutar bundas que eu tenho que preencher esta noite." "Nesse caso .. Eu sinto muito sobre isso Beverly." "Não, você não sente." "Bem, você me pegou." Eu pego seu bisturi e com duas facadas rápidas, acerto seu crânio de modo que seus olhos saltam pelas órbitas. Eu me sinto muito nojento. Ela grita muito. Corro para o corredor atrás dos demais. De alguma forma, consegui passar por todas as lideres de torcida. Que bom que concordamos em nos encontrar no terceiro andar. Eram 22:44 quando encontro os outros no topo das escadas, esperando na porta de uma sala de aula. De acordo com as minhas instruções, cada porta na vizinhança foi aberta. "Ei, nós precisamos ir. Precisamos encontrar o zelador." "Que Zelador?". Sebastian tem vários arranhões longos junto ao braço. "Será que ninguém aqui fez qualquer investigação antes de vir hoje à noite? O zelador, o cara que salvou 18 dos filhos da puta daqui." Merda, eu já falei demais. "Espere, as pessoas saíram daqui? Como?" "O zelador. Durante a dança, ele estava assistindo o baile na área fora da escola. Ele veio correndo de volta para ajudar depois que o fogo começou e passou quase meia hora tentando abrir uma janela ou porta. Pensando que elas de alguma forma tinham sido seladas, ele encontrou um aparelho de ar-condicionado e abriu pela escada de incêndio do terceiro andar. Havia tão poucas pessoas no terceiro andar, ou tão poucas vivas de qualquer maneira, que ele só conseguiu encontrar e salvar 18. Então,relata-se que ele teria morrido por inalação de fumaça em frente ao prédio. É por isso que eu não sabia que ele estava aqui." "Mas as pessoas saíram." "Sim, mas isso não vem ao caso." "Joel, deixe-me ser sincero aqui. Então você pode não estar louco, você pode, na verdade, ser a pessoa mais sensata em todo o edifício. Isso não vai me impedir-" Ele pega o .38 da enfermeira Olsen "ou você ou qualquer um de nós de sair daqui agora." "Onde diabos você conseguiu isso?" "Olsen deu-me logo antes de desaparecer. Argumentei que eu poderia lidar com a arma melhor que ela." "Certo, você está sendo terrivelmente útil nessa coisa toda. Deixe-me perguntar-lhe uma coisa. E depois?" "Depois? Depois o quê?" "Depois desta noite. Quando sair, o que vai fazer? Você simplesmente vai viver com as visões toda a sua vida?" "Que visões?" "Os rostos, os fantasmas. As visões que tenho vindo a falar há 4 anos. Eles estão em toda parte, não apenas aqui. Todo ser humano vivo vai apresentar-se como quando irão morrer. Cada pessoa morta sendo mantida neste mundo por uma razão ou outra vai estar lá, para você ver. Você pode imaginar as pessoas mortas na instituição?" "Mas, eu não tenho nenhuma visão." Sua voz estava começando a tremer novamente. "Nem eu antes de eu chegar lá fora. Confie em mim, você não quer que isso paire sobre você para o resto de sua vida." "Se não sair, não haverá qualquer resto de vida. Agora me mostre onde ela está." "Eu não sei de onde o ar condicionado está." "Então nós iremos procurar e você me ajudar a tirá-lo." Eu não seria capaz de falar com ele sobre isso. Começamos a andar, sabendo que tem uma arma apontada para mim em todos os momentos. Por alguma razão ele diz tanto para Jessica quanto para Sebastian andarem ao meu lado. Ele realmente não confia em mais ninguém. Bom para mim. E pelo menos vamos manter nossas armas.  
Deparamo-nos com mais um par de fantasmas mas nenhum incômodo. Eu sei que eu estou procurando um homem velho em geral, ou algo assim, um homem que eles não podem ver. Ainda não. Eu vejo um homem assim depois de apenas alguns minutos. Eu ando dentro de uma pequena despensa e Jessica e Sebastian tem pressa em me seguir. Dentro, tudo é feito para parecer como um paraíso de hippie. O fogo, obviamente, não chegou a esta sala, uma vez que ainda tem um grande banner com Ché Guevara impresso em vermelho com as palavras 'Hasta la victoria siempre'. Há um tipo de puff feito de feijões, com feijões derramados por todo o chão, uma rede esticada de uma extremidade do quarto para o outro, algo no canto que pode ter sido uma vez um bong e uma lâmpada de lava polvilhada sobre uma pequena mesa. Em meio aos destroços há um homem com cabelos longos, barba comprida, de macacão azul clássico, camisa colorida e um botão de paz preso em seu peito. Ele parece totalmente bitolado. "Ei, cara." Todo mundo está olhando para mim por trás, eu posso sentir seus olhos perfurando a parte de trás do meu pescoço. "Ei, cara, o que está acontecendo?" "Nada demais. À procura de informações sobre a cadela psicopata que começou tudo isso" "Mask.. cara, não chega perto dela, ela vai fazer coisas terríveis... cara, terríveis." O cara soa como se estivesse perpetuamente chapado na morte. Gostaria de saber se eu poderia fazer isso também, fumar um baseado e apenas ficar alto para o resto da minha existência. "Eu sei cara, eu estou tentando acabar com ela, por um final no que ela está fazendo. Eu já sei o nome dela é Rebecca e ela está fazendo isso como uma espécie de esquema de vingança estranho. Eu só preciso de alguma informação.. olha, me fale sobre a noite. A noite original, não esta farsa ridícula que acontece todos os anos." "Merda cara, eu não... olha, eu estava do lado de fora, curtindo um beck quando ouço uma gritaria infernal vindo de dentro do ginásio. Mas eu não sou nenhum professor ou o cara que cuida disso, então eu só comecei a andar para trás com toda a calmda do mundo. Então eu vejo fumaça no ginásio. Cara, isso não era bom porque o ar condicionado era encaminhado através de lá. Toda a fumaça ia dar a volta rapidinho. Então eu comecei a correr, tentar abrir a janela, mas não conseguia. Então eu tento as portas da frente, mas eles também estavam bloqueadas. Eu tento minhas chaves, minha chave de fenda. Eu pego uma pedra e a jogo no vidro. Eu posso ver as crianças lá dentro, eles estavam queimando e asfixiando. Então eu corri para a escada de incêndio mais próximo. Eu não pude abrir as janelas de lá. Ai eu comecei a entrar em pânico, ou já estava em pânico ou algo assim. Então eu vejo o ar condicionado e ele está passando por sua própria janela, então eu acho que você sabe.. por que não? Tiro os quatro parafusos e, em seguida, bato nele até a região inferior sair e eu puder entrar. Eu comecei a encontrar as crianças, alguns estavam feridos e outros simplesmente não podiam realmente respirar. Acho que consegui tirar 18 patifes pela janela do ar. Então volto pra dentro para tentar encontrar mais e lá estava ela. Ela estava olhando para mim e, em seguida, para a janela e ela tinha essa faca grande e ela pega aquela máscara de saco e diz que "você estragou tudo" "Espere, ela falou? Essa coisa pode falar?" Eu estou quase tendo um orgasmo de emoção do quão perto estou da verdade agora. "Sim, e então ela me agarrou e me arrastou para um lugar escuro e.. e ela disse que eu precisava pagar por 18 vidas, já que eu libertei 18 crianças. Então ela.. me cortou em 18 pedaços." "Olha, eu sinto muito por fazer você passar por isso tudo. Mas por acaso você se lembra em qual sala isso aconteceu?" "Sim, sala 324. Fica do outro lado, no edifício principal." "324! Claro que é 324, a cadela e seus números inúteis!" De repente há um coro alto de gritos, vindo dos andares inferiores. Eu olho para o meu relógio.  
23:07.  
Está começando agora. Com isso, Connely deu um pulo. "Você está falando com o zelador? Diga a ele que nós precisamos saber onde fica a abertura de escape." Ainda balançando a arma ao redor. "Oh, vocês querem sair. A abertura é bem aqui. "Ele aponta para trás de si, em direção a bandeira do Ché. Eu aponto para a bandeira. "Sinta-se livre." Connely corre para a frente e agarra a bandeira. Ela vai para baixo com facilidade, revelando um painel de madeira sólida que cobre uma pequena janela na parede. Connely vacila um pouco e afunda nos joelhos. Acho que ele vai vomitar. "Ou havia um, até que alguns caras da polícia vieram e selaram tudo." Eu não posso ficar bravo com o zelador. Se ele está constantemente alto, ele é obrigado a esquecer algumas coisas. Connely se levanta e aponta a arma para mim. "Uau, doutor. Vai com calma." "Isso é tudo culpa sua!" "Se eu disser que sim, você vai colocar a arma no chão?" "Eu vim aqui para mostrar a todos o quão bem você estava! Não há mais gritos, não há mais ilusões, sem mais histórias de fantasmas!" "Doutor, nós tivemos essa conversa antes." Eu estava ficando um pouco alarmado agora, esse não foi igual aos chiliques costumeiro que ele já tinha dado. Sebastian deu um passo ao meu lado. "Mr. C. Por favor, coloque a arma no chão, senhor, todos nós só quero terminar isso e sair daqui." 
Vi no momento em que aconteceu. Connely apontando a arma para Sebastian Sánches e atirando pela boca aberta do rapaz, rebocando a parede com seu cérebro. Eu tive uma fração de segundo para agarrar a única coisa ao meu alcance e quebrá-la sobre a cabeça do médico. Enquanto ele ia para baixo, eu começo esmurrando-o até que o que quer que eu estava segurando se quebrasse na minha mão. Eu não paro embora, e apenas cedo o meu quase automático movimento para cima e para baixo quando Jessica me agarra. Ela abraça-me com força primeiro e depois eu percebo que estou chorando. Muito. Realmente, isso era bastante embaraçoso. Em vez muito. Realmente muito embaraçoso. Diga o que quiser sobre mim ou sobre o Dr Connely, mas de certa forma eu amava esse homem. Ele foi o único que tentou me ajudar, depois de tantos outros dando-me as costas, viu um padrão para o meu medo, ele foi de certa forma, responsável pela minha melhora. Ele fez isso errado e pelas razões erradas, para promover alguma droga maravilha que eu nunca sequer tomei. Mas as conversas foram fundamentais para salvar o que restava da minha sanidade. E agora ele estava morto, deitado aos meus pés, enquanto um homem que eu mal conhecia tinha tentado me defender dele. Algo que lhes custou suas vidas. Olho para Connely. James Connely, com uma enorme ferida aberta em sua cabeça, um corte em sua bochecha e um gotejamento verde de seu globo ocular. Eu tinha aparentemente o agredido até a morte com uma lâmpada de lava. O zelador só olhou, não disse nada e, provavelmente, apenas queria saber se ele tinha tropeçando em alguma coisa. 

Desculpem, mas eu não sou capaz de atualizar a história até amanhã, pois o texto é muito longo. Tenho água e a porta parece estar segurando a barra. Espero que eu possa terminar toda a história na próxima noite.

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