quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Piloto jordaniano teria sido queimado vivo pelo 'Estado Islâmico'

Moaz al-Kassasbeh, momentos antes de ser queimado vivo pelos militantes do Estado Islâmico.
 Grupo jihadista "elevou níveis de brutalidade", afirmou especialista americano - REUTERS TV / REUTERS
Estado Islâmico (EI) divulgou um vídeo nesta terça-feira que mostra o piloto jordaniano Muaz al-Kasasbeh sendo queimado vivo. O primeiro-tenente de 26 anos foi capturado no fim de dezembro na Síria e tinha sua libertação condicionada à soltura da mulher-bomba Sajida al-Rishawi pela Jordânia. O governo jordaniano confirmou a morte através de sua televisão estatal, e afirma que ela ocorreu no dia 3 de janeiro.


No vídeo de 22 minutos, Kasasbeh aparece como um apresentador jornalístico culpando o governo da Jordânia por sua morte, a exemplo dos outros reféns estrangeiros. Com o olho repleto de hematomas, ele então é filmado em uma jaula, com rastros de petróleo. O primeiro-tenente é queimado, aos gritos, visto de perto por um esquadrão de fuzileiros.

Inicialmente, a autenticidade do vídeo não foi confirmada, mas um membro da família disse à Reuters que o
chefe das Forças Armadas do país confirmou aos parentes de Kasasbeh sua execução. Segundo fontes jordanianas à SkyNews Arabia, Sajida e outros cinco extremistas islâmicos serão executados nesta noite.

Inicialmente, a Jordânia havia concordado com a libertação de Sajida — que deveria ser levada para a fronteira com a Turquia — em troca de Kasasbeh, mas pediu provas de que o piloto ainda estivesse vivo. A organização terrorista, no entanto, não deu qualquer retorno a Amã após o pedido. Funcionários jordanianos ameaçaram então enforcar seus prisioneiros radicais islâmicos caso Kasasbeh fosse morto.

Imagem divulgada pelo Estado Islâmico mostra um homem que seria o piloto jordaniano capturado - - / AFP
Outros dois reféns, os japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, foram decapitados pelo grupo nos últimos dias. O premier do país, Shinzo Abe, tentou negociar a libertação dos dois sem sucesso. A comunidade internacional se prontificou a tomar medidas urgentes contra o EI após as mortes.

Esta foi a primeira execução de reféns internacionais pelo EI a ser feita por imolação. Todas as demais foram realizadas por decapitação. Outros métodos utilizados em execuções de cidadãos iraquianos e sírios envolviam também apedrejamento e lançamento das vítimas a partir de edifícios.

— Eles elevaram os níveis de brutalidade — afirmou David L. Philips, ex-assistente do Departamento americano de Estado para a pacificação do Iraque, e atual diretor do Instituto de Estudos dos Direitos Humanos da Universidade de Columbia — Isso irá afastá-los ainda mais dos outros muçulmanos e da comunidade internacional.

PRIMEIRO REFÉM DA COALIZÃO LIDERADA PELOS EUA

No fim de dezembro, o piloto teve seu avião abatido por um míssil enquanto sobrevoava a cidade síria de Raqqa. Aos 26 anos, o primeiro-tenente foi feito refém, sendo o primeiro caso de incidentes com a coalizão militar liderada pelos EUA contra o grupo extremista.

Originalmente, o EI pediu US$ 200 milhões pelas vidas dos reféns japoneses, mas após matar Yakawa, exigiu a libertação de Sajida em troca das vidas de Kasasbeh e de Goto, e uma eventual libertação deles.

A mulher-bomba, ligada à al-Qaeda, foi condenada e detida na Jordânia por seu envolvimento nos atentados de Amã em 2005. Ela e o marido tinham se organizado para que ambos se explodissem em um hotel — como parte de outros ataques simultâneos —, mas o cinto de explosivos dela falhou.

Em janeiro, a Jordânia ameaçou agilizar os julgamentos de prisioneiros associados ao Estado Islâmico, muitos deles com possibilidades de serem condenados à morte, caso o grupo matasse o piloto. Uma fonte em Amã afirmou à rede CBC que Sadija havia sido trandferida para a prisão na qual as execuções legais são aplicadas.

Em Washington, o presidente americano, Barack Obama, comentou a morte de al-Kasasbeh, e afirmou que a coalizão terá que "redobrar a vigilância".

— Teremos que redobrar a vigilância para ter certeza de que ele sejam grandemente derrotados, independente de sua ideologia — afirmou o presidente americano. — Foi mais uma demonstração da crueldade e da barbárie deste grupo, interessado apenas em morte e destruição.

Fonte: O Globo

Confesso que não vi o vídeo, embora ele esteja salvo nos favoritos do meu computador. Até pensei em deixar o link aqui pra você que tem estômago forte, mas não quero e nem gosto desse tipo de conteúdo (gore) no Show do Medo, em respeito principalmente aos leitores mais novos.

4 comentários:

  1. Eu vi o vídeo, muito forte. O rapaz demora pra morrer e fica agoniando...além disso, no fim do vídeo eles jogam umas pedras em cima do corpo.

    É muita brutalidade e crueldade, não dá pra compreender....

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    1. Esses caras não entendem que isso só só traz mais ódio e raiva.. eu também me recuso a compreender essas coisas..

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  2. Isto que esta acontecendo são atrocidades destes selvagens fanaticos homicidas covardes do estado islamico contra a raça humana ou melhor familia humana!

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    1. Todo e qualquer fanatismo faz mal, seja político ou religioso.

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