quarta-feira, 22 de julho de 2015

A assustadora teoria por trás do filme Meu Vizinho Totoro

Para aqueles que nunca assistiram a animação Meu Vizinho Totoro, fica aqui minha recomendação de assisti-lo antes de ler o post. Aliás, pra você que tá com preguiça de procurar, vou até deixar o vídeo aqui:


O filme animado fez parte da infância de milhares de pessoas ao redor do mundo, contanto a história de duas irmãs que se mudam com seu pai para uma zona rural japonesa. O lugar, já bem antigo, esconde misteriosas criaturas, dentre elas, um lendário espírito da floresta, chamado Totoro.

Meu Vizinho Totoro é um filme muito querido entre crianças e adultos. Mas, para alguns fãs, existe um contexto sombrio oculto na icônica animação do Estúdio Ghibli. Para essa parcela de fãs, Totoro seria na verdade um monstro assassino. Entenda melhor esse pensamento, baseado na teoria cedida pelo site cherrypistoru’s:


“Os rumores dizem que Totoro é na verdade o deus da morte. Por isso, as pessoas que conseguem vê-lo são na verdade aquelas cujo fim está próximo, ou até mesmo já estão mortas. Isso se conecta com a história porque quando Mei desaparece e uma sandália é encontrada no lago, na verdade implicaria em presumir que a menina teria se afogado ali. Quando Satsuki é questionada a respeito da sandália ela não consegue encarar a verdade e acaba mentindo sobre aquela não ser a sandália pertencente à Mei. Então, Satsuki sai em busca de Totoro e na verdade abre a porta para o mundo dos mortos, propriamente dito. Com a ajuda de Totoro a menina encontra sua irmã que morreu e juntas elas vão até o hospital em que sua mãe está internada. No hospital, a única pessoa que realmente percebeu que as duas meninas estavam presentes foi a própria mãe delas, que também estava enferma e à beira da morte. E alguns dizem que, no fim da animação, Satsuki e Mei não têm sombra”.

Essa teoria não para por aí. Tem um caso de assassinato famoso chamado de “O Incidente em Sayama” onde duas irmãs são encontradas mortas. Meu Amigo Totoro se passa na cidade de Sayama Hills. A história desse caso conta que uma das meninas disse ter visto uma aparição na forma de um gato antes dela cometer suicídio. De acordo com o site japonês Flow Management, isso não passa de uma lenda urbana. O mais provável é que essa lenda tenha sido atrelada à ideia de que Totoro seria o deus da morte para que tudo parecesse mais real.


Embora essa conexão não esteja exatamente correta, o incidente em Sayama realmente aconteceu em Maio. E as duas irmãs da animação se chamam respectivamente Mei – a pronúncia japonesa para May (Maio) – e Satsuki, que em japonês significa maio. No Japão existe também a “Depressão de Maio” que afeta novos estudantes e novos empregados, porque o ano escolar e de trabalho começam simultaneamente em Abril. Esse tipo de depressão recai em pessoas que estão tendo problemas para se adaptarem à novos ambientes. Em Meu Vizinho Totoro, a família protagonista tinha acabado de se mudar para um novo lugar. Isso pode ser considerado mais pra frente como mais uma referência à depressão.

Essa teoria de que Totoro seria o deus da morte não é nova, porém está longe de cair no esquecimento. Como essa discussão continua sempre ativa, o site Byoukan Sunday pontuou que o Estúdio Ghibli já derrubou essa teoria há alguns anos. Quanto ao fato de as duas irmãs não terem sombra no final do filme, o estúdio explicou que os animadores decidiram que as sombras não eram necessárias naquela cena.

Quando um artista diz que uma arte está completa, não quer dizer que ela de fato está. A arte deve ser vista e interpretada por uma audiência. As vezes ela é interpretada da maneira correta e outras vezes não. Isso fica a critério do público decidir.

Verdadeiro ou falso, esse rumor certamente adiciona um outro contexto interessante à animação. Se por um lado alguns fatos aparentam estar totalmente equivocados (como a associação ao incidente em Sayama), por outro a preocupação excessiva do Estúdio Ghibli em negar e tentar convencer as pessoas a não debaterem essa teoria torna tudo muito mais intrigante. E você, o que acha?

Fonte: Proibido Ler

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