sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O Caso Hello Kitty Murder

Antes de mais nada, não leia esse post se:
- Você for sensível à violência gráfica;
- Você estiver almoçando, jantando (sobretudo macarrão), tomando café da manhã, comendo um lanchinho da tarde ou chupando uma balinha de hortelã;
- Você tem menos de 60 anos e mais de 80;
Se você não se encaixa em qualquer um dos casos acima, tá liberado, mas leia o post com cautela. Depois não vem chorar pra mim. Teje avisado!



Fan Man-yee.
Em maio de 1999, uma menina de treze anos chamada Ling Choi San (nome fictício) entrou em uma delegacia de polícia em Tsim Sha Tsui, Hong Kong, com uma história muito estranha. Ela relatou à polícia que estava sendo assombrada pelo fantasma de uma jovem mulher. Embora sua queixa fosse claramente absurda para os policiais, o restante do seu relato exigiu uma investigação mais aprofundada. A jovem então explicou que acreditava ser assombrada pelo fantasma de uma jovem mulher, que ela ajudara a torturar e matar.

Fan Man-yee, de 23 anos, também conhecida como Ah-Map, era uma recepcionista de boates com
um passado conturbado. Cresceu em  Ma Tau Wai, um orfanato de meninas depois de ser abandonada por sua família, Fan voltou-se para as drogas, pequenos delitos e prostituição durante sua adolescência.  Ainda jovem, conheceu seu "marido", que também era um viciado em drogas. Eles se conheceram quando ela estava trabalhando como dançarina na Empress Karaoke Nightclub em Maio de 1996 e dois anos mais tarde deu à luz ao seu filho. Vizinhos do casal queixaram-se aos repórteres que cobriram sua história, de serem mantidos acordados pelo som de violência doméstica.

Sua vida trágica tornou inevitável o encontro com Chan Man-lok, um cafetão e traficante de drogas de 34 anos que morava em um apartamento de cinco quartos acima do famoso distrito comercial da cidade. Dentre outras substâncias ilícitas, Chan tinha um grande estoque de metanfetamina, droga conhecida como "gelo". Seu apartamento era um sonho de adolescente decorado com uma grande variedade de parafernálias da Hello Kitty, incluindo lençóis, cortinas e uma grande coleção de bonecos e ursos de pelúcia. Ele também mantinha um estoque constante de jogos de vídeo game, pornografia e drogas.

O primeiro encontro de Fan com Chan ocorreu em 1997 quando Fan roubou sua carteira que continha US $ 4.000. Percebendo o erro que cometeu, Fan retornou a carteira ao dono, com e adição $ 10.000 como um pedido de desculpas. Chan ficou  insatisfeito com seu pedido de desculpas e exigiu mais
Fan Man-yee.
US $ 16 mil. Em 17 de março de 1999, Chan enviou seus dois capangas,  Leung Shing-cho
e Gangster para seqüestrarem Fan por não pagar o que ela "devia". O plano era manter Fan cativa no apartamento em Granville Road e colocá-la para trabalhar como prostituta, levando todos os seus ganhos até que sua dívida cada vez maior fosse paga. No entanto, como ele e seus capangas estavam chapados por metanfetamina, o grupo, na loucura da droga, começou a espancar a jovem, revezando-se entre socos e pontapés. Como uma prostituta machucada não atrai clientes, Chan e seus asseclas decidiram usar a mulher para um fim mais macabro: o grupo passou a se divertir torturando-a das formas mais absurdas que só uma mente totalmente abominável pode imaginar. Foi então que Ling, de treze anos, que se relacionava sexualmente com Chan, desfrutando de sua casa e do estilo de vida dos gângsteres, também se uniu à tortura. "Eles a espancavam o tempo todo. Eles batiam nela quando estavam entediados. Eles a batiam em meio a gargalhadas." contou a pequena filha da puta à corte, que, volto a dizer, participou da violência.

Apesar de ter dito que gostava de Ah Map, e que se dava bem com ela, Ling contou no tribunal as atrocidades que fazia com a mulher. Ao ser questionada dos motivos que a levaram a participar das sessões de tortura, a filha do Djabo respondeu: "Bem, eu fiz por diversão, para ver como era machucar alguém". Ela ainda contou que às vezes, Chan e seus capangas obrigavam Fan a sorrir e gargalhar, fingindo estar feliz, enquanto era brutalmente espancada. "Para nós era um jogo. Se ela não fingisse estar feliz, eles a espancavam com mais violência. Eles lhe diziam para sorrir enquanto a queimavam. Era uma atmosfera divertida" (eu juro que isso tá nas fontes).

Foto da janela do apartamento onde as atrocidades contra Fan ocorreram.

A cozinha do apartamento tornou-se arsenal de torturas. Quase tudo do local, desde objetos à condimentos, foram usados nas torturas diárias à Fan. O grupo derretia canudinhos e pingava o plástico nas solas dos pés da mulher, até que sua pele empolasse. Quando se cansavam de derreter canudos, eles a batiam com vara. Oléo quente e pimenta eram derramados sob suas feridas, molho de ostra era jogado em seu rosto. A obrigaram a beber óleo. Ela foi espancada com os canos da torneira. Muitas vezes, os homens urinavam em sua boca e a obrigavam a engolir, e quando não conseguia, eles a batiam com mais violência. Em uma ocasião, Ling defecou em uma caixa e os homens obrigaram Fan a comer as fezes.

Às vezes, quando não estava passando nada de interessante na TV, a quadrilha enforcava Fan com fios elétricos, a suspendiam por meio de um gancho no teto e a espancavam com barras de ferro, como se ela fosse uma piñata. Então, tendo se entediado com a "brincadeira", eles a deixavam pendurada durante a noite. No fim da vida de Ah Map, ela seria deixada à deriva entre a consciência e a inconsciência, quer estivesse no chão, quer estivesse amarrada enquanto seus algozes saíam para jogar vídeo-game. "Ela estava destruída, e brincar com ela já não era tão divertido", contou a filhote de psicopata, "mas continuamos mesmo assim. Não havia nada para fazer".

Finalmente, depois da tortura se alongar por quase um mês, Ling acordou e encontrou Ah Map morta, no chão do banheiro, onde fora jogada como um pedaço de bosta por dias, e totalmente ignorada, falecera durante a noite. O quarteto dos infernos conversou sobre o que fazer com o corpo durante toda a tarde, mas foram incapazes de chegar a uma decisão. Então Fan foi deixada no chão. "Na mesma noite, saímos para jogar vídeo-game. Então voltamos e adormecemos."


No dia seguinte, Chan preparou outra dose de metanfetamina para o grupo e reuniu o pessoal, que começou uma macabra operação de 10 horas para destruir o corpo.  O cadáver de Fan foi levado até a banheira e esquartejado. O próprio Chan decepou a cabeça com um serrote, enquanto seus subordinados ensacavam a carne. Ling contou que foi por Chan, que lhe entregou um saco plástico contendo os intestinos de Fan. Ele disse: "Vá cobri-los com água quente para impedir que cheirem mal". Mais tarde, enquanto Leung Shing-cho estava cozinhando a cabeça da mulher, ele chamou Ling para observar, que de início recusou por medo. "Apenas finja que você está assistindo televisão", ele disse. Assim ela fez e contou ao tribunal: "Quando eu olhei a panela e vi o crânio fervente, eu pensei que ele estava certo - parecia com o que víamos em filmes."

No meio da macabra linha de produção, o bando decidiu para para o almoço. A cabeça ainda estava fervendo no fogão enquanto eles cozinhavam macarrão. A mesma colher foi usada para agitar o conteúdo de ambas as panelas. Uma vez que a cabeça se resumia a um crânio, Gangster tomou a iniciativa de escondê-lo dentro de uma boneca gigante de Hello Kitty sereia. O crânio de Fan viria a ser a prova cabal das atrocidades cometidas no apartamento.

Chan, sendo encaminhado ao julgamento.

Foi quando, de acordo com Ling, começou a assombração. Ling contou que estava convencida de que Fan estava procurando vingança do além-túmulo (com razão!), e por este motivo, buscou a polícia local. O julgamento continuou por 6 semanas e foi considerado um dos casos mais horríveis que o tribunal japonês já ouviu falar. Os três homens foram condenados à prisão perpétua por homicídio culposo e carcere privado enquanto a menina recebeu imunidade por ter testemunhado (infelizmente). Os três homens entraram na prisão, mas os relatos dizem que eles não aparentam qualquer sinal de remorso pelo que fizeram.


Conversando em frente ao tribunal naquela manhã, o promotor-chefe disse: "Este caso me deixou sem ar. É o pior e o mais maligno caso de assassinato que já vi. Não apenas os fatos são sombrias, mas os personagens envolvidos - eles parecem estar completamente alheios a qualquer emoção humana normal. Acho que ficaram loucos sem perceber", diz ele. "Viver juntos nesse apartamento, sob efeito de drogas, eles começaram a acreditar que seu mundo era normal. Eles tinham apenas a si mesmos como exemplo de decência humana. Tortura tornou-se um jogo para eles. Em suas mentes retorcidas, tornou-se aceitável.".


Fontes de pesquisa:
Blum House: The Horrifying True Story of the Hello Kitty Murder
Hong Kong Murder: The Hello Kitty Murder
South China Morning Post: 'Hello Kitty' murder to the 'jars' killer: five of Hong Kong's most gruesome crimes

13 comentários:

  1. que nojo dessas 'pessoas'!
    e essa menina, não sei não... acho que ainda ouviremos falar dela

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    1. Olha Malu, eu tento MUITO não desejar mal aos outros, mas essa guria aí, queria ver morrendo..

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  2. Está claro que a Metz tem entre 61 e 80 anos.

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  3. Credo! Cozinhar cabeça? Tá aí uma coisa que não se ouve todo dia! Gente louca!Por isso prefiro os totós e os mais pq o mundo tá perdido!

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    1. Pra vc ver, menina.. o ser humano é o pior bicho de todos..

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Mas gente...isso é assombroso! A repulsa que sinto desse caso é enorme. Não tem nem o que falar.

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  6. Só gostaria de corrigir que o caso e CHINÊS e nao JAPONES

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  7. *tribunal Hong Kong.
    Por ser uma "materia informativa não dá para errar essas coizas

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