Ficha Técnica:
Direção: Alex Turner
Ano: 2004
País: EUA
Duração: 91 Minutos
Título Original: Dead Birds
Sinopse:
Quando um grupo de criminosos fugindo de um assalto a banco decidem se refugiar em uma casa abandonada, eles não fazem ideia dos perigos que terão que enfrentar. Completamente isolada e aparentemente deserta, a casa é tudo menos segura... Com anoitecer e uma tempestade se formado lá fora, cada membro do grupo começa a ter visões das atrocidades que ocorreram na casa, tornado-a mal-assombrada para sempre. Vozes do além, visões de corpos mutilados e ruídos sinistros debaixo da escada atormentam os hóspedes. Com o medo do grupo aumentado e as forças sobrenaturais da casa se manifestando cada vez mais, eles começam a atacar uns aos outros tornando real a fúria das almas presas nas paredes.
Crítica:
Mesmo depois de assistir este filme por duas vezes, eu não sei dizer se é um filme bom ou não. Para um filme independente feito com baixo orçamento, A Casa dos Pássaros Mortos está bem acima da média. Mas se você levar em consideração os muitos clichés encontrados durante o longa, diria que este é só mais um filme de terror.
Vamos falar primeiro sobre o enredo. A trama se passa no fim do século 19, mais precisamente em 1893, durante a Guerra Civil Americana. Nela, um grupo de desertores confederados, liderado por William e sua namorada Annabelle, aproveitam o momento de guerra para roubar uma fortuna em ouro de um banco da pequena cidade de Fairhope. Durante o assalto, a gangue ceifou muitas vidas, e para fugir da justiça e de uma tempestade que se aproxima, eles buscam abrigo em uma casa abandonada nos confins do velho oeste americano. Como deu pra notar, a história por trás de A Casa dos Pássaros Mortos é bem original. No começo, você até se pergunta se realmente está assistindo a um filme de terror ou se está vendo um daqueles saudosos westerns que tanto fizeram sucesso na década de 60. A casa, aparentemente abandonada, abriga uma maldição, que levará o grupo a presenciar espectros do passado, das atrocidades cometidas no local e da loucura que tomará cada um dos integrantes do bando.
O filme conta com muitos clichés do cinema americano. A Casa dos Pássaros Mortos segue a linha de outros longas no estilo Evil Dead, onde um grupo de pessoas desavisadas entram em uma casa onde fenômenos paranormais acontecem. Você também percebe claramente que o diretor Alex Turner baseou-se muito em filmes de terror orientais, o que fica evidente sobretudo na criação de algumas entidades que permeiam a residência.
Um dos problemas visíveis na película fica a cargo do desenvolvimento dos personagens. Novamente vemos um grupo de personagens que não tem a chance de se desenvolver, e eu fiquei com uma sensação total de vazio em relação a isso. Parece que há algo substancial na história deles, mas o diretor preferiu dar maior enfase na história do casal do filme, William e Annabelle, mas se esquece de expandir os outros personagens. Você simplesmente dá zero fodas para o que acontece a eles. É basicamente uma série de cenas assustadoras onde o elenco diminui à medida que avançamos o filme, mas você realmente não sente a tensão crescente, só espera o próximo susto.
Outro fato é a total falta de informação em relação à própria trama. Fica à cargo do espectador conjecturar sobre os acontecimentos do filme. A impressão que me deu foi que A Casa dos Pássaros Mortos se preocupou mais em tentar assustar os espectadores do que contar uma história.
Embora haja tantos problemas evidentes no longa, o filme funciona bem. Dead Birds conta com uma ótima atmosfera e um ótimo visual. O cenário e a indumentária dos personagens deixa tudo mais bonito e sombrio. Com um orçamento tão baixo, os efeitos especiais foram ótimos. O final surpreendente é talvez uma das melhores partes do filme.
A Casa dos Pássaros Mortos tem cenas chocantes e muito bem planejadas. Menção honrosa à cena da escrava, que PUTA MERDA, é uma das cenas mais surpreendentes e revoltantes que eu já vi.
Em relação ao elenco, a menção honrosa fica para o irmão mala do personagem principal, Sam, também conhecido como vocalista da banda Cachorro Grande, que soube imitar perfeitamente a voz do Goku e para Annabelle, que eu carinhosamente apelidei de Lê Biscatê, uma péssima enfermeira que conseguiu matar o irmão do namorado em um único dia.
Nota:
Assista:
Bom filme!
Tô com esse filme arquivado no PC há tempos, gostei dá história mas agora acho que não quero mais ver... :/
ResponderExcluirP.S.: Já teve Quarta do Terror com Lake Mungo?
Reinolds, assiste sim. Minha palavra nunca vai ser definitiva aqui, e o legal de fazer críticas é que vocês também deem suas opiniões. As vezes um filme que eu achei ruim, você acha legal e vise-versa. É muito bacana trocarmos nossas experiências e nossas opiniões.
ExcluirSobre Lake Mungo, eu fiz sim um Quarta do Terror dele e sabe que eu nem lembrava? HAHA!
Segue o link: http://showdomedo.blogspot.com.br/2014/12/quarta-do-terror-lake-mungo.html
E eu não esqueci do Session 9, não, viu? Já achei e já assisti, mas preciso gravar o vídeo com a legenda embutida, pois só achei pra baixar separadamente. Ai vou gravar tudo nos trinques pra facilitar pra quem quiser assistir!
Pois eu esqueci! HAHAHA
ExcluirP.S.: valeu pelo LinkedIn pra Lake Mungo e foi mal pelo textão que escrevi lá.
GG EASY!
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