sexta-feira, 8 de agosto de 2014

As eternas sombras de Hiroshima

Podemos dizer que os eventos desencadeados nas cidades de Hiroshima e Nagazaki foram alguns dos mais tristes da história contemporânea mundial. Estas atrocidades deixaram um rastro de destruição física e emocional tão profundo, que provavelmente nunca serão esquecidos.


Em 6 de agosto de 1945, uma bomba de fissão de urânio cujo codinome era "Little Boy" foi detonada sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, um tipo de bomba de fissão de plutônio, de codinome "Fat Man", explodiu sobre a cidade de Nagasaki. As bombas nucleares mataram milhares de civis entre homens, mulheres, crianças e idosos, pondo um ponto final à Guerra.
Algumas pessoas que estavam distantes do ponto de impacto das bombas, morreram em decorrência às queimaduras graves, ou, mais tarde, pela radiação. Outras centenas faleceram daquilo que passou a ser comumente chamado de “fervura do sangue” – a altíssima temperatura gerada pela explosão fez tudo o que fosse líquido ferver. No caso do corpo humano, o sangue entrou em ebulição e órgãos internos cozinharam. A morte foi tão instantânea nestes casos que corpos carbonizados de passageiros de bondes foram encontrados exatamente na posição em que estavam – alguns sentados segurando vestígios de bolsas ou pacotes, outros em pé, segurando-se nas barras de apoio. Pessoas derreteram pelo extremo calor, e se fundiram aos escombros de suas próprias casas. 

As marcas desta desumanidade permaneceram nas calçadas, paredes e ruas da cidade de Hiroshima. Mais tarde, descobriu que essas sombras pertenciam à pessoas, objetos e até mesmo plantas, que foram pulverizadas pelo incrível calor gerado pelo clarão da explosão. Uma explicação sobre este fato é que quando uma bomba assim explode, a radiação térmica viaja em uma linha reta, o que significa que quando é bloqueada por um objeto, deixa sua sombra impressa.












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