terça-feira, 12 de agosto de 2014

Criptozoologia - Titanoboa


A Titanoboa foi um réptil assombrosamente grande, que, de acordo com os paleontólogos que a descobriram, vivia em selvas pantanosas na região da atual Amazonas. Este "monstro" chegava a 14  m de comprimento, 1 m de diâmetro e 1,5 tonelada, e era capaz de engolir um crocodilo inteiro.


Cerca de 58 milhões de anos atrás, esse assombroso animal deslizava pelas selvas pantanosas da América do Sul, espalhando um reinado de terror. O réptil teria surgido após a extinção dos dinossauros, há 58 milhões de anos, durante o período Paleoceno, e se estabelecido como o maior predador do planeta por pelo menos 10 milhões de anos. As vértebras fossilizadas da Titanoboa atravessaram o tempo por serem numerosas e resistentes - eram cerca de 305 vezes maiores que as sucuris brasileiras. Descobertas em 2009, a Titanoboa espantou até mesmo os cientistas “Nunca, nem em nossos sonhos, esperávamos encontrar uma cobra tão grande”, disse Carlos Jaramillo, um dos integrantes da equipe que fez a descoberta.

Os fósseis foram descobertos em uma escavação na enorme mina de carvão Cerrejón, no norte da Colômbia. Em 2002, os cientistas tinham descoberto no mesmo local indícios do que foi uma rica floresta
tropical da época Paleoceno (65 a 55 milhões de anos atrás). Junto com folhas e plantas fossilizadas, os pesquisadores desenterraram restos de répteis tão grandes que desafiavam a imaginação. “O que descobrimos foi um mundo gigante de répteis perdidos – tartarugas do tamanho de uma mesa de bilhar e os maiores crocodilos na história dos fósseis. esses animais viviam e caçavam em um ambiente impiedoso onde apenas os maiores e mais capazes conseguiam sobreviver”, disse Jonathan Bloch, especialista em evolução de vertebrados da Universidade da Flórida, EUA.

Na época, eles também descobriram vértebras da serpente colossal, mas não tinham material suficiente para provar a sua existência. “Depois da extinção dos dinossauros, este animal, a Titanoboa, foi o maior predador na superfície do planeta por pelo menos 10 milhões de anos. Um verdadeiro monstro capaz de se alimentar de qualquer outro predador de grande porte.”, explicou Bloch.

A Titanoboa podia ultrapassar o tamanho de um ônibus.

Os cientistas precisavam do crânio da cobra para obter uma imagem completa de como o animal era, o que comia e como sua ação no meio-ambiente estaria relacionada com as espécies modernas. Porém, a equipe estava com poucas expectativas de sucesso, já que os ossos do crânio de uma cobra são frágeis, e raramente sobrevivem. Quando o animal morre, o tecido conjuntivo se decompõe e todos os ossos individuais geralmente dispersam. Como a Titanoboa é muito grande e seus ossos do crânio também são, é uma das poucas cobras que deixam registro fóssil.

No ambiente semi-preservado do interior da mina, a equipe conseguiu recuperar os restos de não apenas um, mas de três crânios. Usando como base esses crânios, o réptil pode ser reconstruído com precisão pela primeira vez.

Os cientistas acreditam que a serpente, nomeada Titanoboa, era parente distante da atual anaconda e  jiboia, as maiores cobras na atualidade.

O animal não era venenoso; os dentes eram pequenos, pontiagudos e recurvos. As mandíbulas eram bipartidas, ou seja, não eram rigidamente ligadas. A boca  podia abrir num ângulo de 180º. Assim, ela podia engolir um bicho quatro vezes o tamanho de sua cabeça (alguns paleontólogos sugerem que ela seria capaz de abocanhar uma motocicleta inteira).

Ela curtia emboscadas, mantendo-se à beira dos rios com os olhos e as narinas atentos. Na hora do bote, movia-se a 3,5 m por segundo, enrolando-se na vitima até imobiliza-la. Depois, apertava com uma pressão que foi estimada em 400 libras por polegada quadrada, o equivalente ao peso de três torres Eiffel - o suficiente para transformar a vítima de seu abraço em um saco de ossos pulverizados e órgãos esmagados. A vitima morria sufocada e/ou esmagada.

Réplica em tamanho real de uma Titanoboa engolindo um crocodilo pré-histórico inteiro.

As presas  favoritas costumavam ser as de grande porte, como crocodilos primitivos e tartarugas gigantes. Numa "pratada" só, a Titanoboa conseguia mandar pra dentro até 1 tonelada de comida - cerca de 10 vezes mais que a refeição média de um tiranossauro rex. Depois de engolir tudo inteiro, ela passava até um ano imóvel fazendo a digestão.

Acredita-se q, na época de reprodução, a fêmea atraía os machos exalando um forte odor e silvos estridentes. Ela gerava de dez a oitenta filhotes, que eclodiam dos ovos no interior de sua barriga e já nasciam prontos para caçar sozinhos. Assim como os grandes répteis pré-históricos, a Titanoboa vivia bastante: cerca de 30 anos, segundo os paleontólogos.


O calor dos trópicos nessa época, com picos de 40º C, teria estimulado o crescimento descomunal do bicho. O ambiente também pode ter influenciado outras características: acredita-se que suas escamas tivessem um tom marrom-esverdeado, com manchas pretas, imitando o padrão das folhas aquáticas e garantindo uma camuflagem eficiente.

Comparação entre os tamanhos de uma jiboia, uma sucuri, um ser humano e a Titanoboa.

 Em muitos aspectos, a Titanoboa era parecida com as cobras atuais. Por exemplo: tal qual as jiboias, suas costelas eram capazes de se afastar para acomodar um alimento muito grande. Para impulsionar o corpo com curvas e S, ela contraia os músculos e a espinha dorsal. Esse movimento, chamado propulsão ondulatória, rolava melhor na água, apesar de o bicho ter sido terrestre.

Referências: Mundo Tentacular e Revista Mundo Estranho (Edição 156)

4 comentários:

  1. ONDE MAIS SE ENCONTRARIAM ESSAS FODENDO PORRAS GIGANTES? NO TERRITÓRIO DO HUESIL, É CLARO!

    ResponderExcluir
  2. Bem daora, tem um bocado de lendas e criptídeos envolvendo cobras. Saporra é uma anaconda fodidamente gigante... Imagina ver esse bicho "em pé" de frente com você?

    Corre cutia na casa da tia...

    ResponderExcluir